Esse diamante enorme é o maior já encontrado nos últimos 100 anos

maior diamante

Esse é o maior diamante encontrado nos últimos 100 anos, descoberto em uma mina no centro-norte de Botswana.

Lucara Diamond, a empresa que controla a mina em questão, relatou que a pedra possui absurdos 1.111 quilates. Isso é cerca de 220 gramas de brilho puro não adulterado, que mede 65 x 56 x 40 milímetros.

O maior diamante já encontrado no mundo foi recuperado de uma mina perto de Pretória, na África do Sul, em 1905 – ou seja, 100 anos atrás. Essa pedra, conhecida como “Diamante Cullinan”, possuía 3.106 quilates e pesava 635 gramas. Eventualmente, foi cortada em vários grandes pedaços, dois dos quais estão nas joias da Coroa Britânica.

Ainda não está claro o que vai acontecer com a nova pedra, mas uma coisa é certa: ela é incrivelmente bela. [Gizmodo]

10 fatos contraintuitivos sobre o terrorismo moderno

Desde o fatídico 11/09 e agora mais recentes os ataques em Paris, nenhum bicho-papão pareceu tão grande na psique ocidental quanto o espectro do terrorismo.

De acordo com a Gallup, uma empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos, mais de metade dos americanos se preocupam “muito” com um ataque terrorista, e quase um terço acredita que o governo é incapaz de protegê-los de um.

No entanto, a imagem mental que o Ocidente tem do terrorismo e do extremismo pode não ser completamente precisa. A realidade é que muitas pessoas acreditam em equívocos grotescos.

 

10. Alguns dos maiores grupos terroristas do mundo não estão conectados ao Islã

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Na história do terrorismo, provavelmente nenhum grupo foi tão grande ou bem financiado quanto o ISIS, o grupo terrorista mais rico do mundo. Hezbollah, outro grupo de extremistas islâmicos, é o segundo mais rico. Mas nem todo extremista está ligado ao Islã. Alguns não são influenciados pela religião de forma alguma.

Por exemplo, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Eles são uma organização que se autoproclama uma guerrilha revolucionária marxista-leninista, que opera mediante táticas radicais. Por isso, foi oficialmente designada uma organização terrorista pelos EUA. O grupo se considera ateu. Em novembro de 2014, a revista Forbes de Israel estimou que era o terceiro coligação terrorista mais rica do mundo, controlando quase 30% da Colômbia e capaz de recrutar milhares de pessoas. A FARC é uma organização maior do que qualquer Al-Qaeda ou Boko Haram, e sequer está em seu pico. No início de 2000, era quase três vezes maior do que é agora e estima-se que tenha sequestrado cerca de 3.000 pessoas por ano.

Para não mencionar Joseph Kony, estrela do documentário “Kony 2012” feito pela organização sem fins lucrativos Invisible Children, Inc. Seu “Exército de Resistência do Senhor” ainda está forte na República Centro-Africana, na República Democrática do Congo e no sul do Sudão. Colocado em uma lista americana de terroristas a serem combatidos em 2001, o grupo rebelde já matou mais de 100.000 pessoas desde 1987, tornando-se mais mortal do que Boko Haram.

Ainda, no Japão, o grupo sucessor do culto assustador Aum Shinrikyo, que matou 12 pessoas e feriu 5.500 em 1995 um ataque com gás no metrô de Tóquio, ainda tem uma participação ativa de cerca de 1.300 membros e recruta mais gente a cada ano.

Enquanto o Islã muitas vezes parece ser sinônimo de “terror”, a verdade é que alguns dos maiores grupos radicais e/ou violentos do mundo não dão a mínima para Alá.

9. A maioria das vítimas do terrorismo não vive no Ocidente

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Quando vemos eventos como o de Paris sendo cobertos extensivamente pela mídia, pode parecer que o Ocidente é a maior vítima do terrorismo, que estamos sob cerco. É fácil supor que o alvo dos extremistas é “o mundo livre e democrático”. A verdade, no entanto, é que o Ocidente sofre poucos ataques em relação a determinadas áreas no resto do mundo.

Entre 2004 e 2013, os EUA foram atacados 131 vezes, com 20 ataques resultando em mortes. A França foi atacada 47 vezes. Em comparação, o Iraque sofreu 12.000 ataques terroristas, 8.000 dos quais foram mortais (a foto acima é de uma bomba lançada em Bagdá). No período de tempo estudado, cerca de metade de todos os ataques terroristas e 60% das mortes desses ataques ocorreram em apenas três países: Iraque, Paquistão e Afeganistão. Em seguida vem Índia, Nigéria, Somália, Iêmen, Síria, Sri Lanka e Tailândia. Esses dados vieram de uma Base de Dados Global sobre o Terrorismo (GTD), estatísticas que são compiladas por pesquisadores da Universidade de Maryland, nos EUA.

Não estamos querendo minimizar a tragédia de quaisquer ataques que atingiram o Ocidente. Não precisamos nem dizer que os inocentes mortos e os milhares afetados não mereciam tal fim. Mas a dimensão deve ser guardada: a grande maioria das vítimas de terrorismo estão vivendo no Oriente Médio ou na Ásia, não nos EUA ou na Europa.

8. Muito do terrorismo na Europa está relacionado ao separatismo

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Os ataques de 13 de novembro em Paris parecem sugerir que o inimigo da Europa, no que diz respeito ao terrorismo, está claro: é o ISIS e outros grupos islâmicos. Mas não é tão simples assim. Na verdade, a maioria dos ataques terroristas na Europa são geralmente vinculados ao nacionalismo.

Em 2014, mais da metade de todos os ataques terroristas europeus estavam relacionados não com a religião ou extremismo de direita, mas com o republicanismo irlandês. Dos 201 ataques em todo o continente relatados pela Europol naquele ano, 109 ocorreram na Irlanda do Norte.

Movimentos nacionalistas ou separatistas também foram motivadores primários para o terrorismo em outros lugares. A FLNC da França, grupo que quer que a ilha da Córsega se torne um Estado independente, lançou vários ataques com foguetes contra delegacias de polícia francesas em 2013. Em 2015, cinco policiais macedônios foram mortos em confrontos com terroristas albaneses nacionalistas. Na Grécia, marxistas assassinaram dois adversários políticos em 2013, enquanto anarquistas italianos enviaram várias cartas-bomba pelo país.

Houveram até ataques violentos bizarros relacionados com questões específicas. Por exemplo, na França, um grupo de viticultores radicais bombardearam um escritório local do Partido Socialista por conta de queixas relacionadas à produção de vinho.

7. Terroristas americanos matam mais americanos do que jihadistas

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Graças a 11/09, o jihadismo foi tachado o maior assassino em massa de americanos na história do terrorismo. Nos 14 anos desde então, extremistas islâmicos reivindicaram mais 26 vidas, sendo o ataque mais dramático o feito durante a Maratona de Boston. Porém, o jihadismo não é a fonte mais mortal do extremismo na América do Norte moderna.

Durante o mesmo período, terroristas nativos – crescidos nos EUA – mataram duas vezes mais americanos que o jihadismo. Depois do ataque de 11/09, 48 cidadãos norte-americanos perderam suas vidas para o extremismo de direita. Em 2012, por exemplo, o neonazista Wade Michael Page atacou um templo sikh, matando seis e ferindo gravemente outros três. Em junho de 2015, Dylann Roof (foto acima) matou nove pessoas quando abriu fogo em uma igreja em Charleston. Membros de um movimento anti-impostos chamado Sovereign Citizens Movement já mataram tantos policiais que o FBI os considera uma significativa ameaça terrorista.

Em 2010, Andrew Joseph Stack lançou um ataque suicida a um prédio governamental americano, matando mais uma pessoa e ferindo 13 outras. Como resultado direto de ações como estas, muitos departamentos de polícia americanos agora consideram o “terrorismo de direita” uma grande intimidação. Uma pesquisa com 382 policiais em 2015 descobriu que 74% listavam a violência contra o governo como a maior ameaça em sua jurisdição, em comparação com 39% citando a violência inspirada pela Al-Qaeda.

6. Terroristas de esquerda cometeram mais ataques não letais do que os outros

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Terrorismo não significa tirar vidas. Significa “modo de impor a vontade pelo uso sistemático do terror”, ou ainda “emprego sistemático da violência para fins políticos”.

Disso, terroristas de esquerda entendem. Hoje em dia, eles não matam gente nos EUA (o que fizeram no passado, na década de 70, por exemplo). Mas não significa que não estejam ativos. Na primeira década do século 21, o grupo que realizou a maioria dos ataques em solo americano não foi a Al-Qaeda ou algum movimento de extrema-direita. Foi a organização ecoterrorista Frente de Libertação da Terra (ELF, na sigla original).

Entre 2001 e 2011, o grupo foi responsável por 50 ataques – mais do que todos os outros grupos terroristas combinados. Os ataques geralmente envolveram bombas que começaram incêndios descontrolados, causando milhões de dólares em danos. Mas eles não tiraram nenhuma vida, porque o grupo deliberadamente evita fatalidades.

No entanto, o grande número de suas ações fez com que fossem adicionados à lista de observação ao terrorismo do FBI. O único outro grupo a lançar um número próximo de ataques que o ELF nos EUA foi o Animal Liberation Front, grupo relacionado a favor dos animais com um histórico semelhante de incêndios não fatais.

5. Nos EUA, o terrorismo raramente é realizado por grupos organizados

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Al-Qaeda, ISIS e FARC são nomes que inspiram calafrios, mas atos de terrorismo nos EUA raramente são realizados por organizações. De acordo com dados do Southern Poverty Law Center (SPLC), quase todos os incidentes de terror doméstico são o trabalho de pessoas solitárias e perturbadas. Um estudo de 60 ataques separados descobriu que quase 75% foram executados por uma única pessoa sem cúmplices conhecidos. Quando eles ampliaram a definição para incluir duas pessoas sem ajuda externa, isso cobriu 90% de todos os incidentes.

Este modelo de “resistência sem liderança” foi inventada no final de 1980 e início de 1990 para garantir que o governo não acompanhasse ataques de bombas. Por exemplo, em Oklahoma City, Timothy McVeigh (foto acima) matou 168 pessoas com apenas um cúmplice. Depois disso, ações semelhantes (pensadas por uma única mente) dispararam. Entre 1995 e 2011, foram responsáveis por um terço de todos os ataques em solo americano.

4. A frequência dos ataques nos Estados Unidos está em declínio

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Em termos de número de ataques, o ponto alto para o terrorismo em solo americano foi 1970, com mais de 450 incidentes registrados. Foi o ano em que o grupo Weather Underground (foto acima) estava em seu auge, o separatismo porto-riquenho estava em pleno andamento e a Liga de Defesa Judaica bombardeava escritórios. Nenhum outro ano teve tantos ataques nos EUA.

O terrorismo, em geral, tem estado em grande declínio em solo americano, mesmo quando sentimos que estamos ouvindo mais sobre os ataques.

Por causa do 11/09, o número total de pessoas mortas por ano ficou em seu ponto mais alto no final de 1990 e início de 2000. Mas o legado destruidor desse evento simplesmente não tem muito a ver com o histórico de ataques terroristas.

A década de 1970 viu pelo menos 50 por ano. Na década de 1990, o número de incidentes apenas ocasionalmente atingiu o pico acima desse número. No presente, ataques terroristas anuais estão mais próximos a zero do que 50. Em suma, para americanos, isso é quase coisa do passado.

3. Estudos mostram que terrorismo não funciona

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Lembra quando eu disse que o terrorismo era um “modo de impor a vontade”? É. Exceto que não funciona.

Estudos têm mostrado que, em vez de dar aos terroristas o que eles querem, mesmo de forma diluída, ataques indiscriminados contra civis geralmente não fazem nada a não ser minar a causa dos responsáveis.

Em um estudo de 2009 da Universidade George Mason, uma análise de 457 campanhas terroristas desde 1968 constatou que nenhum grupo extremista conseguiu conquistar um estado e 94% destes grupos não conseguiram alcançar nem mesmo um de seus objetivos declarados.
Obviamente, o estudo é um pouco antigo. Já se passaram mais seis anos, e podemos razoavelmente sugerir que ISIS tem contrariado essa tendência e conseguido esculpir um estado bárbaro semifuncional no Oriente Médio.

Mas o argumento ainda é válido. Apesar de décadas de luta, a Irlanda do Norte ainda é parte da Grã-Bretanha. Para todas as suas explosões e tiroteios, grupos de direita não conseguiram desencadear uma revolução ou derrubar o governo dos Estados Unidos. Mesmo a FARC, que sem dúvida chegou perto de derrubar o governo colombiano no final de 1990, agora está pensando em se desarmar.

Ao invés de ser um meio para um fim, o terrorismo geralmente não traz seus praticantes nem um pouco mais perto de suas metas.

2. Espalhar uma religião ou ideologia é apenas uma parte do terrorismo

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Ao tentar entender por que terroristas matam pessoas inocentes, existem duas escolas básicas de pensamento: uma que diz que os terroristas são simplesmente pessoas más que gostam de ferir pessoas (o que é idiota, para não dizer outra coisa), e a outra é que os terroristas estão tentando espalhar uma ideologia ou religião por meios violentos.

Enquanto esta segunda hipótese é mais provável, estudos mostram que não é tão simples assim. A maioria dos terroristas são motivados por razões mais complexas. Um estudo da Universidade Estadual de Ohio (EUA) com 52 extremistas islâmicos descobriu que o motivo esmagador dos seus ataques foi um desejo de vingança. Ao invés de ter metas religiosas, a maioria dos terroristas queriam punir os EUA por apoiar Israel ou simplesmente tinham raiva do país por conta das guerras no Afeganistão (foto) ou Iraque.

É fácil para nós, que estamos longe do Oriente Médio e seus conflitos, nos esquecer da história da região, que foi repetidamente invadida, colonizada e dividida contra sua própria vontade por forças ocidentais – existem motivos de sobra para que a Europa e os EUA sejam considerados inimigos dos que se sentem destruídos ou enganados por seus governos.

Outro estudo da Universidade de Michigan, nos EUA, foi ainda mais longe. Alegou que a maioria dos terroristas, que são tipicamente homens jovens, se juntam a grupos radicais porque estão à procura de aventura, camaradagem, status e mulheres.

Não queremos minimizar a gravidade do terrorismo, apenas destacar a importância de compreender os objetivos declarados de um grupo. A nossa compreensão dos objetivos do terrorismo deveriam levar em conta a História e as motivações individuais dentro das organizações.

1. 11/09 poderia não ser o pior ataque da história

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Os ataques de 11/09 são inigualáveis na história moderna em termos de perda de vidas, danos corporais sofridos e danos econômicos. Cerca de 3.000 pessoas morreram, e os que estavam próximos ao bombardeamento ainda podem estar morrendo de cânceres relacionados hoje.

No entanto, outros ataques planejados provavelmente teriam sido piores se tivessem sido bem sucedidos. Em solo americano, pelo menos um ataque chegou perto do impacto de 11/09. Em 22 de abril de 1997, quatro membros da KKK foram presos por conspirar para explodir uma refinaria de gás perto de Fort Worth, Texas. Autoridades mais tarde estimaram que o ataque teria matado até 30.000 pessoas, quase 10 vezes mais gente que 11/09. O horror só foi interrompido porque o líder do grupo se arrependeu e foi ao FBI.

O Japão também teve sorte. Em 1993, o culto Aum Shinrikyo lançou uma nuvem de antraz por Tóquio, colocando em risco cerca de 7.000 moradores. Foi por um golpe de sorte que o grupo acidentalmente adquiriu e lançou uma estirpe que era inofensiva para humanos. Apenas dois anos mais tarde, a mesma organização tentou detonar duas vezes bombas de cianureto no metrô de Tóquio. Autoridades afirmaram que uma única explosão bem sucedida poderia ter matado 10.000 pessoas.

Tão ruim quanto a história do terrorismo pareça, é arrepiante pensar que poderia ser ainda pior. [Listverse]

Usa lentes de contato? Tome cuidado com este terrível parasita

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A estudante da Universidade de Nottingham (Reino Unido) Jess Greaney, 18 anos, passou por um pesadelo recentemente quando pegou uma inflamação da córnea chamada ceratite, causada por Acanthamoeba castellanii, um parasita que estava vivendo no seu olho.A. castellanii é um organismo encontrado em muitos ecossistemas em todo o mundo. Ele é capaz de sobreviver em condições ambientais adversas – mesmo em algumas soluções para lentes de contato -, e esta não é a primeira ocorrência de infecção ocular envolvendo esse violãozinho.
Ceratite é uma doença negligenciada frequentemente associada com o uso de lentes de contato. Os médicos acham que Greaney pegou o parasita depois de espirrar água da torneira em suas lentes.
 

A infecção

Essa infecção provoca inflamação grave, dor intensa e dificuldades de visão, e pode cegar se não for tratada.
Ela começa quando o parasita está em sua fase trofozooide e gruda no tecido da córnea antes de penetrar a camada estromal inferior. Isso leva à visão menos acentuada, e eventualmente cegueira.
Ainda mais preocupante é que o parasita pode atravessar a barreira sanguínea do cérebro e causar encefalite amebiana granulomatosa, uma doença progressiva do sistema nervoso central que muitas vezes resulta em morte.
Greaney teve “sorte”. Depois de uma semana de olho vermelho, dolorido e inchado, ela recebeu tratamento antes de consequências mais graves. Este incluiu manter seu olho aberto, mantê-la acordada, raspar camadas de tecido do olho e pingar colírio repetidamente.

Contaminação e cura

Lentes podem ser contaminadas pela exposição à água de piscinas, banheira de hidromassagem e torneiras, ou como resultado de má higiene pessoal, que pode promover o crescimento de bactérias nas lentes.
Infecções Acanthamoeba (não apenas no olho) estão sendo detectadas por clínicos com frequência crescente, especialmente em pacientes cujo sistema imunológico já está comprometido. Esta população de risco está se expandindo como resultado do aumento no uso de terapias imunossupressoras para o tratamento do câncer e da pandemia global de HIV.
 
Nenhuma vacina está disponível, e as drogas atuais utilizadas para tratar essas infecções inflamatórias são insuficientes, tem efeitos secundários indesejáveis e não funcionam bem na fase crônica depois da infecção.
O tratamento também requer a aplicação de uma mistura de fármacos por períodos prolongados, com resultados mistos. Novas drogas, quer para esta ou para outras doenças parasitárias negligenciadas que afetam milhões de pessoas em todo o mundo, não estão sendo desenvolvidas – por isso, todo cuidado é pouco.

Conselhos aos usuários de lente de contato

Estudos já estão testando lentes de contato tratadas com um peptídeo antimicrobiano em seres humanos e coelhos, porém, mais pesquisas são necessárias antes que elas possam ser usadas por seres humanos.
 
No entanto, existem algumas regras fundamentais para usuários de lentes de contato que podem ajudar a impedir infecções. Como:
  • Sempre lavar as mãos antes de colocar lentes;
  • Seguir todas as instruções no manuseio e armazenamento de lentes de contato;
  • Limpar e desinfetar lentes reutilizáveis com soluções adequadas todos os dias (nunca lavá-las com água da torneira);
  • Só aplicar maquiagem depois de colocar as lentes para evitar o contato com delineador ou rímel.
Dito tudo isso, não entre em pânico. O risco de ceratite – e outras infecções – é baixo se você tiver higiene e tomar os cuidados adequados. [DiscoverMagazine]

o que acontece quando você não tira as suas lentes de contato

 

Contact-Lens

Lentes de contato são um conforto e tanto. Falo isso de olhos fechados porque eu mesma tenho uma miopia sinistra e não consigo me adaptar aos óculos. Eu uso quando preciso, claro. Mas gostar mesmo, eu não gosto. Parece que eu fico vendo as coisas por uma janela. 
A lente de contatos é uma excelente alternativa, mas exige uma certa dose de cuidados.
Lembro como se fosse hoje o ritual que me ensinaram na primeira vez em que comprei lentes de contato. Lavar as mãos, lavar as lentes, trocar sempre o soro, mantê-las em um local limpo, e por aí vai. A palavra-chave de todo esse hábito é higiene. Um passo fundamental desse ritual é tirar as lentes antes de dormir.
Se você joga no meu time, que é os dos cabeças de vento, já pegou no sono com as lentes de contato. Por consequência, você sabe como elas são um belo (ou não tão belo assim) despertador. É só pensar em abrir os olhos que elas começam a gritar, a nos dar uma inesquecível bronca por ter esquecido elas ali. Piscar nunca foi tão difícil, não?
Isso eu falo com uma noite de sono – que pode ser um soneca também. As lentes de contato não perdoam. Agora imagina o que virou o olho dessa menina:

A menina que ficou 6 meses (direto e reto) com as mesmas lentes de contato

O resultado não foi nada divertido.

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Ela negligenciou o poder da higiene em um dos órgãos mais sensíveis do corpo humano, ficando 6 meses ininterruptos com as mesmas lentes. Resultado? Ficou cega. Amebas literalmente comeram seus globos oculares.
A protagonista dessa história é a estudante de graduação Lian Kao, de Taiwan.

O que aconteceu?

O espaço entre as lentes de contato e os olhos é extremamente adequado para permitir que microrganismos que não gostam de oxigênio se reproduzam e, pior ainda, se alimentem da sua córnea. 
A Acanthamoeba representa a principal ameaça. No caso de Kao, os seis meses que ela passou sem tirar suas lentes de contato foi tempo suficiente para essa criatura se estabelecer, se multiplicar e atacar os olhos dela.

Acanthamoeba keratitis

Não, a Acanthamoeba não se alimenta diretamente no tecido humano. Em vez disso, ela come bactérias. Infecções bacterianas se estabeleceram na córnea de Kao, e assim a ameba tinha muito para comer e gerar uma colônia farta. Em seguida, ela se enterrou nos olhos de Kao para chegar às bactérias que vivem ainda mais para dentro.A Acanthamoeba keratitis, como a condição é chamada, pode ocorrer justamente quando a pessoa não pratica o hábito de desinfectar suas lentes de contato. 
Enquanto as lentes de contato que não são limpas representam um risco, o fato de não retirá-las nunca é um perigo muito maior. Kao supostamente não removeu suas lentes por seis meses, e durante esse tempo ela não apenas dormiu com elas, como também fez aulas de natação. Como piscinas muitas vezes contêm Acanthamoeba, o risco de infecção aumentou significativamente.
Dr. Wu Jian-Liang, diretor de oftalmologia no Hospital Wan Fang, esclareceu que a falta de oxigênio pode destruir a superfície do tecido epitelial, criando pequenas feridas as quais as bactérias podem facilmente infectar, se espalhando para o resto do olho e proporcionando um terreno fértil perfeito para a constante proliferação desses organismos.Ou seja: tire suas lentes antes de dormir, e limpe-as direitinho antes de recolocá-las. Seus olhos agradecem. [iflscience]

 

A maravilhosa resposta de uma menina de 11 anos às críticas por ter sido adotada por um casal homoafetivo

 

Quando Rob Scheer tinha 10 anos, perdeu seus pais e acabou indo parar em um orfanato. Foi lá que viveu sua infância, junto a dezenas de outras crianças, até completar 17 anos. Sem ter onde ir ou o que fazer, morou nas ruas e viveu de bicos até conseguir ser chamado no exército, onde conseguiu uma vida e uma carreira. Anos depois, ele acabou deixando o serviço militar e se apaixonou por Reece, que viria a ser seu parceiro e pai de seus filhos. O casal adotou quatro crianças órfãs: Amaya, Makai, Greyson e Tristan.

Amaya e Makai são irmãos e foram os primeiros a chegar à casa dos Scheer. Em dois sacos de lixo carregavam seus poucos pertences. Quando foi a vez de Grayson e Tristan chegarem à família, os dois garotos também trouxeram seus sacos de lixo e a cena bateu fundo no coração de Rob.

No orfanato também ele tinha seu saco de lixo, em que carregava os poucos pertences que tinha. Foi então que o ex-militar tomou uma decisão: “Eu quero ter certeza de que nenhuma criança tenha que carregar um saco de lixo“, disse ele, que fundou a Comfort Cases, uma organização não-governamental que oferece kits de cuidados às crianças que chegam aos orfanatos. Em uma mochila, os pequenos recebem itens básicos como um pijamas, um cobertor, uma escova e pasta de dentes, um bichinho de pelúcia e uma escova de cabelo.

Toda a família Scheer ajuda no projeto, que conta basicamente com voluntários. Por essas e outras a pequena Amaya, de 11 anos, foi convidada para ser capa da edição de novembro/dezembro da revista American Girl, em uma matéria intitulada “Forever Family” (“Para Sempre Família”, em tradução livre). Na reportagem, a revista conta a história da família da menina e fala sobre o projeto, em que já ajudaram mais de 10 mil crianças órfãs.

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Mas apesar da história incrível de Amaya e sua família e da iniciativa da Comfort Cases, a família precisou aguentar um movimento de retaliação liderado pelo grupo One Million Moms, organização afiliada à Associação Norte-Americana de Famílias. “1MM acredita na adoção e no cuidado de órfãos, como somos instruídas biblicamente a fazer no salmo 83:3, mas a American Girl poderia ter focado o artigo na criança  e não nos pais, já que se trata de uma revista para crianças. A revista também poderia ter escolhido outra criança para escrever e permanecer neutra na guerra de culturas“, escreveu o grupo, que com bases religiosas, desaprova a união homossexual de Rob e Reece.

A polêmica foi grande e a família Scheer foi convidada para comentá-la em um programa de televisão. Mais uma vez Amaya mandou bem: “eu diria ‘isso não te interessa’“, reportou o Huffington Post. Objetiva e simples, a menina afirmou que a orientação sexual de seus pais é uma questão pertinente à família dela e a ninguém mais. Já Rob questionou o fato de uma organização formada por mães ser capaz de espalhar tanto ódio por aí. “Eu não vivo em uma bolha de plástico. Eu sou um homem gay e eu tenho quatro filhos negros. Eu sei que as pessoas por aí são malvadas. Mas eu não esperava que um grupo de mães dissessem que somos pecadores“, desabafou.

Até quando a religião será motivo para ações e palavras de ódio?

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Todas as fotos © Joyce Smith

Entenda por que esta cidade holandesa está dando dinheiro para seus habitantes sem pedir nada em troca

A cidade de Utrecht, na Holanda, passou a adotar uma nova política a favor do bem-estar de seus moradores: oferecer uma renda básica mensal sem nada em troca.

O experimento está sendo feito através da distribuição de cheques para pelo menos 250 beneficiários, escolhidos por pesquisadores da Câmara Municipal e da Universidade de Utrech, e divididos em cinco grupos: um deles operado sob as leis atuais, três grupos com menos regras e um grupo com uma renda incondicional, que recebe dinheiro sem nenhum critério. Jacqueline Hartogs, porta-voz do vereador Victor Everhardt que está por trás do projeto, diz que “No nosso experimento científico, vamos abordar pessoas com poucas ou nenhuma regra, para ver se eles continuam se esforçando”. O dinheiro será destinado a cobrir despesas como saúde e alimentação, como pequenas compras no supermercado.

Hartogs afirma que “as leis atuais do bem-estar são muito burocráticas e, de certa forma, baseadas na desconfiança”. Diferente de outros países europeus, a Holanda possui a maior porcentagem de cidadãos que trabalham meio período. O pequeno número de moradores de Utrech (311.367) é um dos motivos para acreditar que esta medida funcione e torne um sistema pioneiro.

O cientista político da Universidade de Nova York, Almaz Zelleke acredita que esta medida possa proporcionar uma renda mais segura para trabalhadores que exercem suas atividades apenas em tempo parcial. Se o conceito de renda básica pode ser ampliado em outras cidades da Europa, para Zelleke, é outra questão.

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Imagem via ZY-CO