Povos Aimarás

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Aimará ou Aimara (em aimará: aymará) é o nome de um povo, estabelecido desde a Era pré-colombiana no sul do Peru, na Bolívia, na Argentina e no Chile.

Língua

No Peru os falantes da língua aimará somam mais de 300.000 pessoas, o que leva a supor que o grupo étnico é bem maior. Aí estão mais concentrados no departamento de Puno (perto do Lago Titicaca), nas regiões Moquegua, Arequipa e Tacna.

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Na Bolívia existem cerca de 1.200.000 falantes do idioma aimará, sendo a forma falada na capital La Paz considerada a forma mais pura e estruturada da língua, havendo concentrações nos departamentos de Oruro e Chuquisaca.

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No Chile, a população aimará é grande, havendo cerca de 50.000 falantes também habitando nas regiões andinas do norte do pais, em Tarapacá e Antofagasta.

Existem também cerca de 10.000 falantes do idioma aimará no oeste da Argentina. Na atualidade há quase 2,5 milhões de pessoas de etnia e língua aimará, na zona dos Andes. São o segundo grupo nativo, só superado pelos quíchuas com quase 15 milhões de pessoas espalhadas pelos Andes da Colômbia até a Argentina).

Alguns acreditam que o idioma aimará é aparentado com o idioma quíchua língua original do Império Inca embora fortes objeções de vários estudiosos. Os que defendem o parentesco ligüístico se baseiam nas similitudes (por exemplo a palavra Condor é Kuntura em aimará e Kuntur em quíchua.

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O que se tem de considerar é que, embora adiantados e prósperos, os reinos aimarás originais acabaram sendo dominados pelo imperador inca Huayna Capac entre os anos de 1493 e 1525.

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Embora a anexação tenha sido compulsória mas não necessariamente violenta, a inclusão dos aimarás no império acabou influenciando a língua local pela adoção da língua oficial para alguns efeitos burocráticos.

De resto, a influência lingüística quíchua é reflexo direto da influência cultural inca que impôs sua religião na qual o próprio imperador era tido como uma divindade (Huayna Capac mandou os arquitetos e artesãos aimarás irem para Cuzco para aprender as técnicas construtivas e estilo Inca para erigir templos e outras construções imperiais)

O processo não foi diferente do que ocorreu com a posterior dominação espanhola que impregnou no idioma aimará hodierno com vários vocábulos e expressões da língua espanhola.

Aí ocorreu outro fenômeno – embora a língua espanhola tenha sido ferreamente inserida, tanto que é língua oficial numa parte significativa da América do Sul, o idioma aimará, a exemplo de várias línguas locais, foi preservado porque os Jesuítas o utilizaram como língua de catequização vertendo-a por escrito em caracteres latinos.

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Na atualidade, os aimará falantes não têm chance de espalhar mais sua língua pelas regiões perto do Lago Titicaca porque não se usa como língua comercial ou de trabalho. O futuro do povo aimará é incerto, já que eles sofrem discriminação e o governo do Peru, por exemplo, não lhes dá força para se desenvolver melhor.

A situação é diferente na Bolívia onde o povo aimará está começando a ressurgir, com líderes como Evo Morales, que faz campanhas sociais para melhorar o desenvolvimento dos povos e do principal cultivo: a coca. via

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