
Walter Astrada tinha um sonho de fotografar uma volta ao mundo. Mas, assim como muitos de nós que também sonhamos com algo do tipo, faltava grana. Ele também não tinha carro e por isso arranjou uma moto. Porém um detalhe: ele não sabia dirigir uma.
Há cerca de oito meses Walter deixou sua vida em Barcelona montado em cima de Athena, sua fiel escudeira motocicleta, que ele teve que aprender a dirigir na marra! Carregada com suas roupas e equipamento fotográfico, ela já foi da Coreia do Sul à Turquia acompanhada de muitas falhas mecânicas e força de vontade.
Em entrevista ao New York Times, o fotógrafo diz acreditar que as pessoas não devem pensar muito antes de tomar decisões como esta, pois “se você pensar muito, você acaba não fazendo”.
Com uma carreira de mais de 20 anos como fotojornalista, ele já cobriu guerras na África e até o terremoto do Haiti, em 2010. Mas ainda assim, mesmo com um rica bagagem de experiências, ele não se sentia completo retratando apenas o que era notícia – sem uma abordagem mais intimista e profunda.
“Eu tinha perdido a prática de sair por aí fotografando qualquer coisa que me chamasse atenção. Fotografar para grandes agências me fez perder o cotidiano daquele lugar depois de um grande acontecimento. Resumindo, eu queria retratar o outro lado da notícia”.
Todas as imagens: Walter Astrada
O que você precisa para efetivamente ser feliz? O casal Tim Eddy e Hannah Fuller não precisa de muito. Eles resolveram fugir do modelo de habitação convencional e construíram, com as próprias mãos, uma pequena casa, com recurso a materiais reutilizados, reciclados e que tinham à disposição, na região de Tahoe, Califórnia, em um terreno de 20 hectares.
A um custo muito baixo, comparado com o das construções tradicionais, o casal ergue a casa usando pilares feitos com troncos de árvores e otimizando produtos antigos com novas funções. Tudo com muito charme, uma paisagem estonteante na janela, um quintal e ainda perto de tudo: eles levam cerca de 15 minutos para chegar à cidade (quem não conhece a experiência de morar na cidade e levar muito mais no trânsito pra chegar no trabalho?).
Apesar da casa ser pequena, ela tem as coisas suficientes para se viver de forma confortável e digna. É lá que o próprio casal vem se reeducando, aprendendo a consumir menos, o que lhes proporciona uma qualidade de vida impagável.
Conheça um pouco da casa:
Vivemos tempos de mudança. E como qualquer mudança, esta leva tempo. A cultura do estupro é algo tão entranhado na sociedade que faz com que atos da mais pura civilidade pareçam arrojados (ou, como alguns gostam de chamar, ‘mimi’ ou ‘vitimização’).
A fotógrafa Rory Banwell não se conformou quando, após ficar grávida de sua primeira filha, ouviu comentários como “agora Alex [o marido e pai da menina] precisa ‘comprar uma arma’” para proteger a menina. Banwell se questionava porque são as meninas que precisam se proteger e não a mentalidade que precisa mudar. “Nós ficamos tão desapontados com as reações iniciais das pessoas que diziam que deveríamos protegê-la simplesmente por causa de seu gênero” que a ideia ficou remoendo na cabeça da fotógrafa.
O ‘empurrão’ final para a série foi uma fotografia que a australiana viu em Chicago. Nela, uma menina nua, com apenas uma fita tapando seus seios, mostrava a frase “Still Not Asking For It” (“Ainda Não Estou Pedindo Por Isso”, em tradução livre). E assim nasceu a série com o mesmo nome, que retrata mulheres – e também alguns homens – com seus corpos nus exibindo frases que explicam o que muita gente parece ainda não ter entendido sobre consentimento e violência sexual.
A fotógrafa dedica o projeto a todos os sobreviventes de violência doméstica e sexual, um problema que, ao contrário do que possamos pensar, não afeta apenas países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. Banwell é australiana e lá o tema é preocupação central do governo, que não tem conseguido acabar com essa cultura e que chegou a declarar que a violência sexual é a vergonha da Austrália.
Os números no país são assustadores (não mais, nem menos, que os do Brasil): 63 mulheres foram assassinadas pelos parceiros só no último ano, e 1 em cada 4 é alvo de violência física ou sexual. Como se isso não fosse suficientemente preocupante, olha este número: 58% das mulheres nunca chega a denunciar a situação, seja por ineficácia da resposta, por dissuasão do agressor, medo de represálias ou por achar que sim, a agressão é consequência de um ato irrefletido da própria mulher.
A fotógrafa levanta o debate e desafia mais pessoas a denunciar, de todas as formas possíveis. Porque esses números não são uma vergonha apenas para a Austrália. São para o Brasil e são para cada um de nós.
“Eu não quero que minha filha seja 1 em cada 4” [referência à estatística que deixamos no texto]
“Eu educarei melhor meu filho“
“Seu corpo, sua escolha“
“Casamento não é consentimento“
“Culpe os estupradores, não as vítimas“
“Quebre o silêncio“
“Eu sou modelo e ainda não estou pedindo por isso“
“Apenas ‘sim’ significa ‘sim’“
“Nossa sexualidade não é um convite“
“Eu não quero que meu filho nasça em uma sociedade que aceita a violência sexual“
“Respeite minhas irmãs“
“Meus seios são para alimentar“
A fotógrafa criou também um vídeo de apresentação do projeto, que você pode ver abaixo:
Para acompanhar as novidades do projeto, siga a página pessoal de Rory Banwell ou o Tumblr da série.
Todas as fotos © Rory Banwell
É fascinante descobrir lugares completamente diferente de tudo que conhecemos, e essa cidade vai te deixar curioso para visitá-la. Chama-se Chefchaoen (ou simplesmente Chaouan), fica no Marrocos e é mundialmente conhecida pelos seus edifícios e ruas azuis,que lembra muito a cidade Jodhpur azul da India.
O hábito de pintar as casas de azul surgiu do povo judeu que morou exilado em Chaouan na década de 30. Como parte de uma tradição, eles pintavam as casas como um lembrete de que Deus e o céu estão acima de tudo. E mesmo que os judeus atualmente não sejam a maioria na cidade, a população mantém o hábito de pintar a cidade na linda cor índigo.
O nome berbere da cidade (Accawen ou Axauen) significa “os chifres” em berbere rifenho, uma referência aos dois picos que ladeiam a povoação, a qual está alcandorada nas suas encostas. Segundo a crença popular, o nome árabe Shifshawen procede do árabe coloquial shuf (olha) e do rifenho arabizado ashawen (axauen), mas não há evidências disso. Shawen (ou Chaouen em francês; pronúncia: “xauã”) é a forma abreviada, não oficial, do nome da cidade, a qual se chamava oficialmente Xauen em espanhol durante o protetorado espanhol.
O clima de Xexuão é do tipo mediterrânico, frio e chuvoso no inverno e seco e temperado a quente no verão. A queda de neve é comum nas partes mais altas das montanhas, mas relativamente rara na altitude da cidade (cerca de 600 m). Não é raro registarem-se temperaturas negativas no inverno, que em 2005 chegaram a -8°C. Em contrapartida, mo verão a temperatura chega a a ultrapassar os 40°C.
Xexuão foi fundada em 1471 pelos xarifes idríssida do Jbel La’lam, tendo sido povoada principalmente por mouriscos do Al-Andalus (Espanha muçulmana). Mulei Ali Ibn Rachid (também conhecido como Moulay Ali Ben Moussa Ben Rached El Alami ou Ali ibne Raxede, Barraxe nas crónicas portugueses), o primeiro alcaide, considerado o fundador da cidade, e descendente do santo Moulay Abdeslam Ben Mchich Alami e de Maomé, construiu uma pequena fortaleza que ainda hoje existe no local de uma pequena povoação berbere, para combater o avanço dos portugueses em Marrocos, que tinham acabado de conquistar Arzila e Tânger.
Graças às suas características de reduto nas montanhas, de difícil acesso, Xexuão serviu de base a muitos ataques contra os portugueses durante praticamente um século. Mulei Ali Ibn Rachid participou em muitos ataques às praças portuguesas do norte de Marrocos, principalmente Arzila, quer sozinho quer juntamente com os alcaides de Tetuão, Larache Jazém (Asjen, na província de Ouezzane) e Alcácer
Veja as imagens abaixo e comece a planear sua próxima viagem:
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