
Uma das cidades mais ricas do mundo, Los Angeles vive nesse momento uma crise de moradia sem precedentes. Segundo dados oficiais, o número de moradores de rua do maior condado dos Estados Unidos se aproxima dos 50 mil. Esse seria o maior problema de L.A. atualmente – de tal forma que, no final do ano passado, autoridades locais declararam estado de emergência por conta do aumento vertiginoso de acampamentos espalhados pelas ruas da cidade.

Uma proposta apresentada esta semana pelo conselho da cidade, porém, pode transformar essa realidade e a própria lógica com que normalmente os EUA enfrentam esse tipo de questão: a criação de um imposto para milionários, a ser revertido em serviços de inclusão e em moradia para os sem-teto. O conselho calcula que essa “taxa para milionários” pode gerar em torno de 250 milhões de dólares por ano, que seriam repassados para um fundo de assistência e construção de casas para essas pessoas.

A proposta precisa ainda passar por um longo e burocrático processo de votação, e enfrenta resistência de representantes dentro do conselho. Um dos membros acredita que a medida pode impactar sobre a oferta de empregos na cidade.

Ainda assim, essa é, com larga vantagem, a proposta com melhor recepção popular – em pesquisa, 76% da população aprovam a taxa. Pelo visto, até mesmo nos EUA a inacreditável concentração de riqueza nas mãos dos 1% mais ricos está cobrando sua conta.

Qualquer criança aprende que dividir é importante, ainda mais quando com isso vá se salvar vidas de quem nada tem, e não mudar em nada as vidas dos que já tem muito.
“À procura de bondade humana” (Richard Gere, quando viveu pessoa em situação de rua no cinema)


© fotos: divulgação
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