Vídeo explica por que os cães de raça adoecem tanto e os malefícios da seleção artificial

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Se você pensa que um cachorro de raça é mais saudável, forte ou mesmo mais “puro” que os chamados vira-latas, lamento lhe informar, mas você está caninamente enganado. É o que mostra de forma perfeitamente ilustrada e hilária o vídeo “A bizarra verdade sobre cães de raça (e porque vira-latas são ‘melhores’)”, do canal Adam Ruins Everything (Adam estraga tudo). Nesse caso, o que Adam “estraga” é justamente a ilusão de que os cães de raça são melhores – e a razão é bizarra e um tanto cruel.

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Como não poderia deixar de ser, a culpa dessa bagunça genética é do ser humano. Grande parte das raças que hoje são vistas como puras e melhores – e vendidas a preços exorbitantes – foi inventada ao redor dos últimos cem anos, época em que ideais de pureza de raça e eugenia estavam em alta.

A verdade, no entanto, é que mesmo essas raças foram criadas de misturas que o ser humano, e não a natureza, inventou. A nobreza inglesa do final do século XIX passou a manipular geneticamente e “criar” raças para competições – e esses Doutores Frankensteins simplesmente decidiram que essas seriam raças puras.

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A verdade, no entanto, é que, por conta de serem obrigados a se reproduzirem somente dentro da própria raça – muitas vezes com seus próprios parentes – os cães de raça são repletos de imperfeições biológicas, doenças genéticas, sendo tais muito menos saudáveis do que os cães normais, misturados, vira-latas, adaptados à natureza.

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A incidência de doenças, anomalias e tempos de vida curtos é muito mais intensa do que entre os vira-latas. Basta ver, abaixo, a diferença entre o buldogue de 100 anos atrás e o que um século de procriação sem mistura causou ao cão.

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Buldogue, o "rei" das doenças genéticas - e a diferença de um buldogue de cem anos atrás Buldogue, o “rei” das doenças genéticas – e a diferença de um buldogue de cem anos atrás

E o pior é que bastaria que essas raças procriassem entre si, misturando-se como a natureza pede, para que essas doenças, com o tempo, desaparecessem – mas aí, entra o ser humano novamente: caso isso fosse permitido, eles não mais se pareceriam com os cães de raça que nos aprendemos a amar, não importa se eles sofram ou adoeçam. Fica difícil negar que a natureza, de forma geral, parece muito melhor sem nós, seres humanos, do que com a gente.

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© fotos: reprodução

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