Fotógrafa retrata as cicatrizes que a vida deu a essas pessoas como forma de ajudá-las a aceitar seus corpos

Quando criança, a fotógrafa nigeriana Yagazie Emezi foi atropelada por um carro, acidente que deixou uma marca para o resto da vida. A partir disso, cicatrizes sempre chamaram sua atenção e curiosidade, que agora resultaram num belo projeto.

Screen Shot 04-12-17 at 06.44 PM

Yagazie explica que o Relearning Bodies (algo como “Corpos em Reaprendizado”) surgiu para entender o processo pelo qual as pessoas passam após acidentes que deixam sinais, estudando a fragilidade e a resistência do corpo humano, além da maneira como africanos com cicatrizes trabalham a aceitação da própria imagem.

Minha cicatriz sempre chamou atenção. Muita gente ficava olhando enquanto eu crescia, e isso me deixou rápida para encontrar ‘imperfeições’ nos outros, talvez para não me sentir sozinha”, conta a fotógrafa. Escrevendo sobre o acidente, ela conta que passou dois anos nos Estados Unidos só usando calças para esconder a marca.

Screen Shot 04-12-17 at 06.41 PM 002

Um momento que chamou a atenção durante as sessões para o projeto – que ainda está em andamento – foi quando Yagazie fotografou duas irmãs, uma delas com uma cicatriz na cabeça. Ela estava relutante em participar, mas ganhou confiança ao ver outras fotos do trabalho. “Viu, eu te disse que você não era a única!”, exclamou a irmã, mostrando na prática como a representatividade auxilia na auto aceitação.

Screen Shot 04-12-17 at 06.45 PM 001

Screen Shot 04-12-17 at 06.44 PM 003

Screen Shot 04-12-17 at 06.44 PM 004

yagaziemenezi7260

yagaziemenezi3164

Screen Shot 04-12-17 at 06.44 PM 002

Screen Shot 04-12-17 at 06.44 PM 005

Screen Shot 04-12-17 at 06.44 PM 006

Screen Shot 04-12-17 at 06.45 PM

Screen Shot 04-12-17 at 06.44 PM 001

Todas as fotos © Yagazie Emezi fonte: via

Deixe um comentário