Baobás milenares africanos estão morrendo e assustando pesquisadores

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Árvore fundamental para a filosofia africana, a morte de baobás está gerando preocupação dos pesquisadores. De acordo com alerta publicado pela AFP nesta semana, registros apontam que este processo se arrasta há pelo menos 10 anos.

Para os pesquisadores as ‘mortes sem precedentes’ desta espécie tão representativa é resultado da mudança climática, isso porque as regiões onde a maioria dos registros foram feitos são justamente as áreas mais atingidas pelo aquecimento global na África.

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Entre as vítimas deste fenômeno preocupante está uma tríade de baobás de pelo menos 2 mil anos de idade locadas no Zimbábue e na África do Sul. Os baobás também são considerados os maiores do mundo com um tronco com mais de 10 metros de diâmetro. Em mais de um década 9 dos 12 principais baobás mais velhos estão sem vida.

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“Durante a segunda metade do século XIX, os grande baobás do sul da África começaram a morrer, mas nos últimos 10 ou 15 anos seu desaparecimento aumentou rapidamente por causa das temperaturas muito altas e da seca”, explica o pesquisador Adrian Patrut da Universidade romena Babe-Bolyai.

O baobá é um dos alicerces da cultura africana. Além de testemunhas do passar do tempo, estas árvores são cercadas de fundamentos. Sua presença se dá na religiosidade, como no caso dos Iorubás, que associam sua existência como conexão entre o mundo material e imaterial. No Candomblé o baobá é considerada a ‘árvore da vida’ e fundamental para a realização do culto. Segundo a tradição ela nunca deve ser cortada ou arrancada.

Foto: Pixabay/fonte:via