Homem paraplégico volta a andar nos EUA após estímulos elétricos

Homem volta a andar após estimulos elétricos

Uma novidade casando tecnologia com pesquisas científicas e avanços médicos passa a trazer esperanças para paraplégicos e tetraplégicos: pela primeira vez uma pessoa que havia perdido os movimentos dos membros inferiores conseguiu andar em uma esteira de forma independentes. A conquista se deu através de estímulos elétricos em sua medula espinhal.

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Jared Chinnock, um americano de 29 anos, ficou paraplégico após um acidente com uma moto de neve em 2013, e desde 2016 passou a participar da pesquisa científica. Após 22 semanas de fisioterapia, um eletrodo foi implantado cirurgicamente em sua medula. Depois de 113 sessões de reabilitação, as configurações corretas foram encontradas para que Jared tentasse sua caminhada. Com a ajuda de um andador, o jovem foi capaz de caminhar na esteira.

O implante é conectado a um dispositivo localizado sob a pele do abdômen e se comunica com uma central para que aja controle absoluto sobre o local, a frequência e a duração dos estímulos elétricos. Sem o estimulo, no entanto, a paralisa permanece inalterada.

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A grande novidade, para além da conquista objetiva, é confirmar a rede de neurônios abaixo de uma lesão na medula espinhal ainda podem funcionar, mesmo após a paralisia. A conquista aconteceu de uma parceria entre a Mayo Clinic e a Universidade da Califórnia, e foi publicada na revista Nature Medicine.

© fotos: reprodução/fonte:via

Moradores se reúnem em aeroporto para receber imigrantes venezuelanos

Acampamento de venezuelanos é atacado em Roraima

A Venezuela está passando por uma grave crise financeira. Em função disso, o Brasil vem recebendo muitos imigrantes venezuelanos. Apenas em 2018, segundo o IBGE, 10 mil pessoas desembarcaram por aqui.

A principal porta de entrada do país é Roraima, que concentra maior parte de pessoas em busca de uma qualidade de vida melhor. A grande concentração de pessoas acabou gerando conflitos, manifestações xenófobas e  problemas estruturais na cidades do estado do Norte do país. Agora, com um certo atraso, os venezuelanos estão sendo transferidos para outros estados.

Na última quinta-feira (27), por volta de 52 venezuelanos chegaram no município de Chapada, no Rio Grande do Sul. As famílias vão ficar provisoriamente em uma escolha de Linda São Roque, que recebeu melhorias para receber os imigrantes.  

A recepção dos venezuelanos atende ao pedido do prefeito do município Carlos Catto, que considera o acolhimento uma questão humanitária. Ainda no aeroporto, os imigrantes foram recebido por moradores com cartazes desejando boas vindas.

Com 10 mil habitantes, Chapada vai receber do governo federal um repasse mensal de R$ 16 mil pelos próximos seis meses. Esteio, Canoas e Porto Alegre também abrigam imigrantes.

Fotos: reprodução e Fernando Malheiros/fonte:via

Conheça o ar condicionado de 4 mil anos atrás

Lidar com as condições climáticas impostas pela natureza é uma missão que a humanidade enfrenta desde que começou a se espalhar pela Terra. Localizado numa região onde as temperaturas costumam passar dos 40°C no verão e com uma rica história que data de milênios, o Irã guarda relíquias históricas (e atuais) desse desafio.

Falamos do badgir, palavra persa que significa literalmente “apanhador de vento”, mas também pode ser traduzida como “torre de vento”. É um tradicional elemento arquitetônico usado para criar ventilação natural nos edifícios e tem sido usado há pelo menos quatro mil anos nas construções iranianas.

O badgir é uma estrutura alta, que lembra chaminés, e está presente em muitas casas antigas no Irã, especialmente em cidades mais próximas ao deserto de Lute, considerado o lugar mais quente da Terra.

O seu funcionamento segue um conceito relativamente simples e que está explicado no nome: ele “capta” a brisa e a redireciona para o interior das casas, às vezes até os cômodos por onde as pessoas circulam, às vezes para o subsolo, onde os alimentos costumam ser guardados.

estudos que indicam que o badgir é capaz de reduzir a temperatura interna em até 10 graus Celsius. As torres de vento são encontradas especialmente no Irã, mas também em países como Egito, Paquistão e Índia, além de outros locais do Oriente Médio.

Aliás, a origem do badgir é alvo de “disputa” entre egípcios e iranianos. Há pinturas datadas de 1300 A.C que mostram uma estrutura parecida com a torre de vento na casa do Faraó Nebamun. Já ruínas de um templo persa datadas de 4000 A.C têm estruturas parecidas com chaminés, mas sem nenhum tipo de cinza, o que faz estudiosos iranianos acreditarem que se tratam de badgires.

Como o ar frio desce e o ar quente sobe, o badgir não apenas faz com que a brisa exterior entre nas edificações, como também conta com uma abertura para fazer com que o ‘bafo’ interior saia. Assim, a torre é capaz de resfriar as casas mesmo quando não está ventando.

Apesar de eficientes (e de não consumirem energia elétrica), as torres de vento tem sido cada vez mais deixadas de lado, já que muitas moradias tradicionais são deixadas para trás em troca de apartamentos modernos e com aparelhos de ar-condicionado que conhecemos.

Muitas das casas antigas foram compradas e demolidas. Por outro lado, várias outras seguem preservadas, sendo que muitas se tornaram hotéis ou pousadas que têm como mote oferecer ao visitante uma espécie de visita ao passado.

Fotos via Wikimedia Commons/fonte:via

O que crianças brasileiras de diferentes realidades comem em uma semana

Apesar dos inúmeros avanços, a globalização produz um fenômeno preocupante, a deterioração dos hábitos alimentares. Com a incidência dos alimentos de origem industrial, crianças e adultos estão cada vez mais imersos em uma dieta baseada em congelados e conservantes.

Para jogar luz sobre o assunto, o fotógrafo Gregg Segal produziu um ensaio usando crianças de diferentes origens sociais. Daily Bread (pão diário, em tradução ao português), conta com quatro crianças, duas oriundas das chamadas comunidades tradicionais e uma dupla da cidade, um de classe média e outro morador de uma favela nos arredores da capital federal.

Kawakanih Yawalapiti, de 9 anos, moradora no Alto Xingu, em Mato Grosso. Na fotografia, é possível perceber uma alimentação baseada em frutas como abacate e manga. A garota consome ainda tapioca e bastante peixe.

O choque aparece logo com a fotografia de Henrico Valia, de 9 anos. Membro de uma família de classe média de Brasília, a dieta do garoto é quase 100% industrializada. Tirando a presença de poucas frutas, como a banana, o rapaz come pão, chocolate, pipoca, pizza e salgadinhos.

Em entrevista à Folha de São Paulo, o fotógrafo Gregg Segal diz que se sentiu feliz em ver uma linha do tempo constante na alimentação das comunidades tradicionais. “Foi revigorante retratar as comunidades indígenas e ver alimentações que não mudam muito ao longo das gerações,  basicamente com o que há disponível por perto. Não há açúcar refinado nem embalagens plásticas envolvendo os alimentos”, encerra.

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No caso de Davi, que mora na favela de Santa Luzia, também em Brasília, os produtos industrializados não dominam o cardápio. Na verdade, existe aqui uma questão financeira, já que cereais, iogurtes, não são nada acessíveis nos supermercados. Por isso, o garoto consome, sobretudo, arroz e feijão. Curiosamente, dá pra perceber a presença das folhas, como o alface. Uma ausência nas fotos de Henrico.

Por fim, Ademilson dos Santos, 10 anos, vive na comunidade Quilombolas Kalungas de Vão de Almas, em Goiás. Em seu ensaio, os olhos brilham com a presença de tanta fruta. Laranja, melancia, manga, abacate, estão todas lá. Tem ainda, bolo, uma gama de alimentos proporcionados pela terra. O que mostra, mais uma vez, a necessidade de preservar estes espaços habitados por quilombolas.

Segal começou a investigar semelhanças e diferenças nos hábitos alimentares das pessoas com o projeto Seven Days of Garbage (sete dias de lixo), em 2014. Desde então, ele pede aos voluntários que guardem tudo o que jogariam fora. Daí, ele os fotografava rodeados de sua produção. Gregg foi percebendo que a maioria do entulho eram embalagens de comida.

O mais novo trabalho contou com ajuda de Anna Penido, Ana Paula Boquadi e Tainá Förhmann. A base foi montada em Brasília, onde fotografou crianças de origens diversas.

“Estou focando nas crianças porque os hábitos alimentares, que se formam quando somos jovens, duram uma vida inteira e, muitas vezes, abrem caminho para problemas crônicos de saúde, como diabetes, doenças cardíacas e câncer de cólon”, explica na descrição do projeto.

Daily Bread é mais um elemento importante para alertar sobre o avanço da obesidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde, todo anos 2,8 milhões de pessoas adultas morrem em consequência do sobrepeso. Tem mais, 44% dos casos de diabetes, 23% dos registros de cardiopatias isquêmicas e 41% dos casos de câncer podem ser atribuídos à alimentação desregulada.

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Fotos: Gregg Segal /fonte:via

Essas fotos submersas mais parecem pinturas barrocas

A artista Christy Lee Rogers nasceu em Kailua, no Havaí. A água sempre foi parte de sua vida e se tornou o meio ideal para perseguir uma obsessão: romper com as convenções da fotografia contemporânea.

Seus trabalhos chamam a atenção à primeira vista e são comparáveis aos de grandes pintores barrocos. As cores, formas e movimentos são cheias de energia, e Christy afirma que um de seus objetivos é combinar a exaltação do vigor humano à beleza da vulnerabilidade de nossas vidas.

Os ensaios da artista são realizados durante a noite, e os efeitos de luminosidade são criados brincando com a refração da luz através da água. “É perigoso às vezes, pois a água não perdoa. (…) Ela te move para onde quiser, e as roupas dançam em seu próprio ritmo”, afirma a fotógrafa.

“O que eu quero mais que qualquer outra coisa é expressar e inspirar esperança e liberdade, uma sensação de maravilha e tranquilidade, criar um espaço seguro para sonhar de forma selvagem, e, mais importante, instigar a ideia que ainda há coisas misteriosas e impossivelmente belas na Terra – não apenas em nossa imaginação”, declara.

Além das fotografias, que já foram expostos em galerias ao redor do mundo (incluindo em São Paulo), Christy também gosta de fazer vídeos mostrando um pouco do processo artístico.

Todas as fotos © Christy Lee Rogers /fonte:via