Emma Watson defendeu mais uma vez o acesso global ao aborto. Em comunicado, a atriz homenageou uma mulher indiana cuja a morte ajudou a legalizar o método na Irlanda.
A estrela de Harry Potter pediu que ações sejam tomadas para colocar um ponto final ações que seguem restringindo o acesso ao aborto. A britânica se pronunciou por meio de carta aberta, dizendo que a dentista de 31 anos possibilitou “uma histórica vitória feminista que incentiva a luta pela justiça reprodutiva em todo o mundo”.
Savita Halappanavar faleceu em 2012, depois de sofrer um aborto séptico, pois um hospital irlandês se recusou em terminar sua gravidez. O fato gerou grande revolta e intensificou a campanha pela legalização do aborto no em um país extremamente católico.
“Ainda há trabalho a ser feito. O aborto gratuito, seguro, legal e local é necessário em todo o mundo”, disse Emma em carta publicada no site de moda Porter.
Atualmente, o aborto é proibido em 125 países, afetando 42% das mulheres do mundo. Uma pesquisa publicada em 2018 pelo Instituto Guttmacher mostra que a maioria das restrições estão localizadas em países em desenvolvimento.
No caso, o STF abriu espaço para o debate sobre a legalização acatando uma ação proposta pelo PSOL e da Anis – Instituto de Bioética – que pede a descriminalização do procedimento até o terceiro mês de gravidez em todos os casos.
O Brasil autoriza o aborto em apenas três casos, quando a mulher sofre um estupro, quando o feto é anencéfalo ou se a gestão representa risco para a vida da mulher. Entretanto, a Pesquisa Nacional do Aborto (PNA) mostra que em 2015, cerca 500 mil mulheres realizaram um aborto clandestino. O Ministério da Saúde fala de 9,5 milhões a 12 milhões de abortos inseguros por meio de remédios, chás abortivos ou procedimentos em clínicas clandestinas entre 2008 e 2007. /fonte:via