O que matou as pessoas que abriram a tumba de Tutancâmon?

O faraó Tutancâmon, nascido em 1341 antes de Cristo, foi um dos líderes e governantes mais respeitados da história do Egito Antigo, e seu reinado é motivo de vários estudos e análises históricas até hoje.

Sua tumba foi encontrada no século 20, e além da importância arqueológica da descoberta, o feito também levantou uma série de questões estranhas, incluindo teorias macabras.

Tutancâmon governou o Egito durante o período conhecido como Novo Império, e teve uma vida bem curta, falecendo por volta dos 19 anos. Mesmo assim, foi um líder de extrema importância, tendo inclusive tomado decisões relevantes, como a mudança da capital para Tebas e a restauração de Amon como Deus Supremo.

O tamanho da importância do faraó para a sua época fica comprovado pela forma como ele foi enterrado, repleto de tesouros.

Mas levou algum tempo para que a sociedade moderna descobrisse mais detalhes sobre a tumba de repouso eterno do faraó.

Mais especificamente, a descoberta do seu túmulo se deu apenas em 1922, durante expedição liderada pelo arqueólogo Howard Carter (Pronúncia Ráuard Cárter). Para a surpresa de todos os envolvidos, o túmulo estava em um incrível estado de conservação, algo bastante raro.

Junto à múmia do faraó, foram encontrados mais de 5 mil objetos valiosos, entre caixões dourados, máscaras de ouro, tronos, arcos, instrumentos musicais, vinhos, comida, sandálias, baús e até mesmo um punhal. Durante mais de 10 anos, Carter se dedicou a catalogar todos esses itens, e essa não foi uma missão fácil.

Mas uma das coisas mais comentadas sobre a descoberta do túmulo de Tutancâmon foi uma suposta maldição, que teria sido lançada logo após a abertura da tumba.

Como não poderia ser diferente, a escavação levou várias pessoas ao seu túmulo, e muitos daqueles que testemunharam o evento acabaram morrendo pouco tempo depois.

Personalidades importantes da época, como Arthur Conan Doyle, autor de Sherlock Holmes, contribuíram para a popularização da ideia da maldição, teorizando e dramatizando a motivação das mortes. Em determinado ponto, os jornais do Reino Unido chegaram a falar de 30 mortes atribuídas à maldição, mas o que será que realmente estava acontecendo?

A morte mais chamativa foi a do Lord Carnarvon, aristocrata que financiou a expedição arqueológica com seus próprios fundos. Muita gente chegou a acreditar que o lorde teria morrido por ter sido o responsável pela profanação do túmulo do antigo faraó, mas ele não foi o único.

Além de Carnarvon, que morreu de pneumonia apenas 4 meses após abrir o túmulo, seu irmão Aubrey Herbert também faleceu cerca de 5 meses depois. Ele também estava presente quando a tumba foi aberta.

Outra vítima foi Archibald Douglas Reid (pronúncia Arquibald), encarregado de realizar radiografias na múmia, que faleceu poucos meses depois de concluir seu trabalho. Como se já não fosse suficiente, Arthur Mace (pronúncia Meice), um dos responsáveis por abrir, de fato, a tumba, faleceu por causas que permanecem misteriosas até hoje.

O secretário de Carter, Richard Bethell, morreu em 1929, e tanto seu pai como sua esposa cometeram suicídio logo depois. Um dos diretores do Museu Metropolitano de Nova Iorque, Alby Lythgoe (pronúncia Albi Lifgou), teve um ataque cardíaco, e o egiptólogo George Bennedite morreu ao cair no Vale dos Reis.

Não demorou muito para que todas essas mortes fossem

atribuídas ao fato da tumba ter sido violada depois de tantos anos, mas Carter sempre negou a maldição, dizendo que não fazia sentido.

Ele manteve sua posição mesmo alguns meses depois de todas essas mortes, quando os diretores do Departamento de Antiguidades do Museu do Cairo, que expuseram os restos mortais do Faraó em Paris e Londres, morreram de hemorragia cerebral.

É claro que todo o debate sobre a suposta Maldição repousa na esfera da espiritualidade e das hipóteses mirabolantes, mas isso não muda o fato de que essa história perdura.

De qualquer forma, é importante ressaltar que algumas figuras relevantes da expedição, como o próprio Carter, não morreu até 1939, quando teve um linfoma, aos 64 anos.

A teoria mais aceita para explicar a maioria das mortes tem a ver com uma infecção fúngica, causada pelo patógeno conhecido como Aspergillus, que pode ter ficado trancado por milênios dentro da tumba do faraó.

Essa teoria foi ainda mais impulsionada alguns anos depois, quando múmias encontradas no Chile e na Croácia apresentaram grandes quantidades do mesmo fungo.

Além disso, em abril de 1973, a abertura do túmulo do rei da Polônia, Casimiro 4, tirou a vida de 12 cientistas envolvidos na expedição. E análises realizadas em objetos encontrados dentro da sala fúnebre demonstraram também a presença do fungo.

Hoje, cientistas já sabem que esses patógenos se propagam em grandes quantidades quando se encontram em ambientes fechados, escuros e com temperatura amena – algo fácil de se atingir dentro de um túmulo, por exemplo.fonte via

17 fatos científicos que vão explodir a sua cabeça

O mundo da ciência vem ampliando nossa vida há tempos. Especialmente nos dias de hoje, quando uma parte do público é cética sobre as coisas mais elementares que os cientistas nos dizem.

Hoje vamos mergulhar em uma aula de ciências alucinante, onde os fatos parecem loucos demais para serem reais. E graças ao Redditor analyzeTimes, que perguntou “Qual é um fato científico que absolutamente impressiona sua mente?” na comunidade Ask Reddit, temos muito a descobrir. De uma sonda espacial Voyager que viaja a mais de 48 mil km/h por 43 anos e está a apenas 20 horas-luz de distância até nossos cérebros que criam simultaneamente histórias e ficam verdadeiramente chocados com as reviravoltas da trama enquanto sonhamos, aqui estão alguns dos melhores fatos para explodir nossos cérebros.

#1

Quando você sonha, uma parte do seu cérebro cria a história, enquanto outra parte testemunha os eventos e fica realmente chocada com as reviravoltas na trama.

#2

Passei algum tempo com Gene Cernan, o astronauta da Apollo 17 que foi o último cara a pisar na Lua. Ele me disse duas coisas que eu não conseguia parar de contas para as pessoas:

  1. A Terra é redonda no espaço como uma bola, não achatada como a Lua parece para nós. Ele disse que enquanto olhava para cima da superfície lunar, a Terra apenas pairava lá, como uma toranja que ele quase poderia pegar se pulasse alto o suficiente. Podia ver o tempo mudar [na Terra] também.
  2. Por causa do tamanho menor da Lua, não só sua curva é muito visível, o horizonte aparente também é muito mais próximo, então ele disse que havia momentos em que, se ele corresse muito rápido ou pulasse muito alto, ele sentiria que ia cair [para] fora [da lua].

#3

O período de tempo em que os dinossauros viveram é tão vasto que havia fósseis de dinossauros quando os dinossauros ainda estavam vivos.

#4

As árvores podem se comunicar e cooperar usando uma rede de micélio [fungo] subterrâneo. Elas podem armazenar o excesso de energia nele para uso posterior, podem trocar diferentes nutrientes com os vizinhos para que suas necessidades sejam atendidas, cuidar de seus filhotes quando estão doentes e até alertar os outros sobre uma doença ou parasita que está se propagando.

#5

Baleias crescem cantando músicas específicas com base em onde nasceram, mas aprenderão versos de outras músicas das baleias que encontrarem ao longo de suas vidas! [Isso é um sinal de que elas possuem cultura.]

#6

Hipopótamos suam protetor solar. Eles produzem “suor” feito de um pigmento vermelho e um laranja. O pigmento vermelho contém um antibiótico, enquanto o laranja absorve os raios UV.

#7

Algumas formas de anestesia não entorpecem a dor – elas fazem você esquecer que a sentiu [induzindo amnésia].

#8

Nebulosa Borboleta M2-9

O conhecimento de que os átomos [que formam] nossos corpos contêm elementos [que foram] forjados no centro das estrelas, e que essas estrelas, ao morrer, [espalham] os elementos via supernova através do universo e em nossa própria existência. Somos feitos de pó de estrelas.

#9

Eu li recentemente sobre os experimentos Split-Brain, hemisferectomia cerebral. Existe um procedimento para epilepsia grave que envolve cortar os nervos de conexão que ficam entre os dois hemisférios do cérebro, resultando na incapacidade dos dois hemisférios de se comunicarem. O experimento mostra que ambas as metades podem responder perguntas independentemente uma da outra, ter opiniões/preferências separadas, formar memórias de forma independente. Basicamente sugerindo que existem duas mentes no cérebro, duas pessoas dentro de nós.

#10

Se toda a história da Terra fosse comprimida em um único dia, humanos de qualquer tipo não apareceriam até o último segundo antes da meia-noite.

#11

Existe uma espécie de água-viva chamada Turritopsis dohrnii, que pode se tornar jovem novamente quando ferida ou estressada. Elas simplesmente rejuvenescem. Portanto são virtualmente imortais. Ah, mais algo interessante: os tardígrados podem sobreviver ao vácuo do espaço.

#12

Um milhão de segundos são 12 dias. Um bilhão de segundos são 31 anos. Um trilhão de segundos é 31.688 anos.

A cada 10kg de gordura perdidos, 8,4kg são CO2 (são expelidos pela expiração) e 1,6kg são H2O (água, eliminada pela urina, suor ou fezes).

#13

O tamanho dos animais ainda me impressiona. Você pode ler sobre como uma arraia manta tem 7 metros de comprimento e 3 toneladas, mas esse fato não te pega até você perceber que é mais pesada que a maioria dos carros.

#14

Qualquer objeto possui todas as cores, exceto aquela cor que você acha que ele que tem, porque é a única cor que não é absorvida, portanto é refletida e você consegue enxergar.

#15

Se algum tipo de espécie alienígena super avançada em um planeta a 80 milhões de anos-luz da Terra construísse um telescópio de alta tecnologia que permitisse ver objetos na superfície da Terra, eles estariam vendo dinossauros agora.

#16

Dobre uma “folha muito grande” de papel — com 1 mm de espessura — 50 vezes e a altura da pilha será maior do que 20 vezes a distância da terra até a lua.

#17

A Voyager 1 viaja a mais de 48 mil km/h há 43 anos e está a apenas 20 horas-luz de distância (20 horas viajando na velocidade da luz).fonte via

Homem paralisado com a medula espinhal partida anda novamente graças a implante

É a primeira vez que alguém que passou por um corte completo na medula espinhal consegue andar livremente.

A mesma tecnologia melhorou a saúde de outro paciente paralisado na medida em que ele conseguiu se tornar pai.

A pesquisa foi publicada na revista Nature Medicine.

Michel Roccati ficou paralisado após um acidente de moto há cinco anos. Sua medula espinhal foi completamente partida – e ele não sente nada nas pernas.

Mas agora ele pode andar – por causa de um implante elétrico que foi cirurgicamente conectado à sua coluna vertebral.

Ninguém com um ferimento tão severo foi capaz de andar assim antes.

Os pesquisadores enfatizam que não é uma cura para lesões na coluna vertebral e que a tecnologia ainda é muito complicada para ser usada na vida cotidiana, mas a consideram um passo importante para melhorar a qualidade de vida.

Michel disse que a tecnologia “é um presente para mim”.

“Eu me levanto, ando onde quero, posso subir as escadas – é quase uma vida normal.”

Não foi a tecnologia sozinha que impulsionou a recuperação de Michel. O jovem italiano tem uma determinação de aço. Ele me disse que, desde o momento do acidente, estava determinado a progredir o máximo que pudesse.

“Eu lutava boxe, corria e treinava na academia. Mas depois do acidente, não pude fazer as coisas que eu gostava, mas não deixei meu humor decair. Nunca parei minha reabilitação para resolver este problema.”

A velocidade da recuperação de Michel surpreendeu o neurocirurgião que inseriu o implante e conectou habilmente eletrodos a fibras de nervos individuais, Prof Jocelyne Bloch do Hospital Universitário de Lausanne.

“Fiquei extremamente surpresa”, ela disse. “Michel é absolutamente incrível. Ele deve ser capaz de usar essa tecnologia para progredir e ficar cada vez melhor.”

A pesquisa foi apoiada pelo Dr. Ram Hariharan, consultor do Hospital Geral do Norte em Sheffield, que é independente da equipe de pesquisa e também fala para a Spinal Injuries Association.

“Eles fizeram algo que nunca foi feito antes.”

“Eu não ouvi falar de nenhum estudo onde eles colocaram um implante [em um paciente com um corte completo da medula espinhal] e demonstraram movimentos musculares e melhora do equilíbrio, o suficiente para ficar de pé e andar”.

Mas ele acrescentou que mais ensaios clínicos precisam ser realizados antes que ele possa se convencer de que é um tratamento eficaz.

“Precisamos de maior número [de pacientes] para mostrar … que é seguro e que melhora significativamente suas vidas. Só então pode ser levado adiante”.

Os nervos da medula espinhal enviam sinais do cérebro para as pernas. Algumas pessoas ficam paralisadas quando os nervos são danificados por alguma lesão.

No caso de Michel, não há sinal para as pernas porque a medula espinhal está completamente cortada. Mas o implante envia sinais diretamente para as pernas, permitindo que ele ande, mas apenas quando o implante está conectado.

David M’zee pode andar usando um andador

David M’zee foi um dos primeiros pacientes a receber o implante. Assim como Michel, ele conseguiu andar com o implante enquanto usava um andador. A saúde de David melhorou a tal ponto que ele conseguiu ter uma menina com sua parceira Janine, algo que não foi possível após seu acidente em 2010.

“É muito divertido. É a primeira vez que ando com ela [sua bebê de um ano] dessa maneira – ela com seu andador infantil, eu com meu andador.”

Ter uma família deu a David uma enorme alegria. E o implante o ajudou de maneiras sutis, mas importantes.

“Ajuda com a hipotensão. Eu tive isso por tanto tempo. No começo eu não percebi que tinha. Eu estava ficando tão cansado de vez em quando.

“Uma vez que descobrimos que o implante pode aumentar a pressão arterial, foi como ‘Uau, é assim que a vida pode ser!’”

“São essas pequenas coisas que fazem uma grande diferença”, ele me disse.

Ainda há um longo caminho a percorrer antes que a tecnologia possa ser usada rotineiramente para ajudar pessoas paralisadas a andar, de acordo com o professor Grégoire Courtine, que liderou a equipe que desenvolveu a tecnologia na École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL).

“Não é uma cura para a lesão medular. Mas é um passo crítico para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Vamos empoderar as pessoas. Vamos dar-lhes a capacidade de ficar de pé, de dar alguns passos. Não é suficiente, mas é uma melhoria significativa.”

A cura exigiria a regeneração da medula espinhal, possivelmente com terapias com células-tronco, que ainda estão em um estágio muito inicial de pesquisa. O professor Courtine acredita que sua tecnologia de implante pode ser usada em conjunto com os tratamentos de regeneração nervosa assim que estiverem prontos. [BBC]