A avó-estrela do lago Baical: aos 79 anos, Baba Liuba vive e desliza no gelo “com o coração”

Lyubov Morekhodov, 79 anos, vive sozinha nas margens do lago Baical, na Sibéria russa. A fama já não é novidade para esta resistente. Há alguns anos foi fotografada a “dançar” no gelo com os seus patins artesanais e a Internet e os media fizeram o resto.

Agora, Baba Liuba (avózinha Liuba, como lhe chamam na Rússia) voltou à ribalta porque a Reuters a visitou. Na sua casa isolada, vive feliz, diz. Os filhos vivem a mais de 300km e ela tem a companhia dos seus cães de guarda, das suas vacas e galinhas. Para ir buscar mercearias e afins, patina uns 40 minutos para lá, 40 minutos para cá, até à urbe mais próxima.

“Preciso dos patins para tratar das minhas compras. E também só para me divertir. Para deslizar ou para ir ver as minhas vacas”, diz, explicando: “Assim posso patinar para um lado e para o outro, que andar na neve é duro”.

“Ainda há bocadinho fui ali, dei uma vista de olhos. As minhas vacas não estavam lá, por isso patinei pelo gelo para o outro lado e vi-as. Andavam a passear perto da montanha. Chamei-as. Elas voltaram para casa”.

“É assim. E mesmo sem ter coisas a fazer, vou patinar no gelo quando me apetece”. Sempre “com o coração” e, aparentemente, sem grandes preocupações nem medos de quedas.

Como se não bastasse, Baba Liuba usa os seus já célebres patins de madeira e lã, feitos pelo pai quando ela era criança, em 1943. Quando há uns anos se tornou uma celebridade, o patinador e campeão olímpico russo Evgeni Plushenko​ ofereceu-lhe uns patins modernos, tecnologia de ponta. Nada feito, prefere os dela.

Patinar e morar no lago, na região siberiana de Irkutsk, com mais ou menos gelo, é a coisa que ela mais gosta na vida. “O Baical é a melhor coisa no mundo. É prístino, natureza virgem. Está acima de tudo, tudo”.

Para ela, o Baical é algo de espiritual, mítico, como dizia em 2018 à Deutsche Welle, numa reportagem que ajudou a internacionalizar a fama. “Poderoso e livre Baikal”, cantou a avó do lago. Na reportagem alemã, uma coisa que ficou provada é que além dos patins também tem a língua afiada. Sem medos. Tanto critica os exageros da igreja (no caso, a ortodoxa russa), como dos que só querem “ouro e palácios”. “De uma maneira ou outra, vamos todos morrer, seja num palácio, seja aqui”. Uma grande gargalhada no fim desta tirada põe ponto final à conversa.

Quando fotografias e vídeos das suas “coreografias” no gelo se tornaram virais, chegou a ir à televisão russa e foi também alvo de vários trabalhos sobre a sua vida no Baikal, como este abaixo (em russo) da Current Time TV.

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Mulher pagou dois assentos para viajar com seu pônei em avião

Para muitas pessoas, viajar e passear é um dos maiores prazeres da vida. Quando temos a oportunidade de economizar algum dinheiro, muitas vezes escolhemos usá-lo para visitar novos lugares. No entanto, para alguns de nós, é difícil deixar nossos animais de estimação em casa e partir sem eles.

Ronica Froese, de Newaygo-Michigan (EUA), tem um animal de estimação um pouco menos comum: um pônei chamado Fred. Ele foi treinado desde cedo e é um belo cavalo. Para Ronica, é importante poder levar Fred com ela quando viaja, pois ele é parte de sua família.

Mulher pagou dois assentos para viajar com seu pônei em avião

Quando Ronica decidiu viajar para a Califórnia, ela não queria deixar seu cavalo de estimação, Fred, para trás. Foi então que ela teve a ideia de levar Fred consigo, viajando na primeira classe. Embora isso tenha sido bastante caro, Ronica estava disposta a gastar o dinheiro para poder levar Fred com ela. O fato de um cavalo viajar na primeira classe chamou a atenção de outros passageiros e pessoas no aeroporto e no avião.

“ Foi a primeira vez que voamos, então fiquei preocupada que Fred tivesse mais espaço e não incomodássemos nenhum outro passageiro”, disse Ronica Froese à FOX 17.

Ronica decidiu que era importante levar seu cavalo Fred com ela, mesmo que isso significasse gastar muito dinheiro na primeira classe. Ela estava disposta a fazer o sacrifício para garantir o conforto de seu companheiro durante o voo.

“Comprei dois assentos de primeira classe em assentos de anteparo, paguei um braço e uma perna pelas passagens, mas fiz porque era a primeira vez de Fred e queria que ele fosse confortável, queria que ele tivesse mais espaço”, Froese disse a mesma fonte.

Algumas pessoas podem achar que levar um cavalo na primeira classe é loucura, mas Ronica foi muito cuidadosa e se preparou para garantir que Fred fosse bem-tratado e não incomodasse os outros passageiros. Ela o levou com ela de forma a garantir o conforto e a segurança de todos durante o voo.

“Passei um ano da minha vida treinando muito esse cavalo, e ele estava totalmente preparado para tudo”, disse a dona. A experiência foi totalmente satisfatória, várias pessoas até pediram respeitosamente uma foto com o simpático animal.

“Obrigado a todos os passageiros que nos pediram educadamente para tirar fotos e fizeram perguntas educadamente. Fico feliz em dizer que durante toda a nossa viagem 90% do público foi respeitoso e agradável”, concluiu Froese. fonte via

Cientistas descongelam “vírus zumbis” da Sibéria para estudar efeitos do descongelamento do permafrost

vírus permafrost

bioRxiv

O degelo do permafrost é um dos efeitos mais temidos da crise climática na Terra. Além do potencial de liberar toneladas de metano e outros gases de efeito estufa que hoje estão enterrados no solo congelado do Ártico, seu derretimento também pode representar uma ameaça de saúde humana nas próximas décadas.

Um novo estudo publicado preliminarmente (sem análise por pares) na revista bioRxiv analisou o comportamento de bactérias e vírus presentes no permafrost depois do descongelamento. Esses microrganismos passaram centenas de milhares de anos presos debaixo da terra, “adormecidos”, mas não se sabe claramente de sua capacidade de sobrevivência – e, principalmente, o potencial de eles causarem novas doenças em outros organismos.

“Um quarto do hemisfério norte é sustentado por permafrost. Devido ao aquecimento global, o descongelamento irreversível desse solo está liberando matéria orgânica congelada por até um milhão de anos, a maioria das quais se decompõe em dióxido de carbono e metano, aumentando ainda mais o efeito estufa”, explicou Jean-Marie Alempic, do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica e autor principal do estudo.

Os pesquisadores descongelaram 13 patógenos, coletados em sete amostras diferentes de permafrost. Algumas amostras vieram de fezes de mamutes, outras de estômago de lobos siberianos. Em seguida, os vírus foram introduzidos em uma cultura de amebas da espécie Acanthamoeba spp, onde conseguiram se reproduzir, o que demonstrou a capacidade desses organismos agirem mesmo depois de milhares de anos enterrados no gelo. 

Daily MailO GloboNew ScientistUOL e VEJA, entre outros, repercutiram o estudo fonte via.