O que hoje é registro da história à época eram simplesmente os personagens da vida e do trabalho da fotógrafa londrina Janette Beckman – que começou sua carreira no exato momento e na exata cidade do surgimento do movimento punk: Londres, na segunda metade dos anos 1970. Trabalhando para as revistas The Face e Melody Maker, Beckman registrou, entre artistas e público, a explosão da cena punk e as cenas mod e ska na capital inglesa e em Nova Iorque, para onde se mudou no início dos anos 1980.
Punks no velório de Sid Vicious em 1979
Punks em Londres, em 1978
Mais de quarenta anos depois, com uma vasta coleção de imagens icônicas imortalizada no museu Smithsonian e diversos outros museus do mundo – e com fotos históricas de bandas como Sex Pistols, The Clash, Blondie, Boy George além de três capas do Police no currículo – Beckman, que se reconhece como uma “fotógrafa documentarista”, aponta a naturalidade do seu trabalho: “Eles não eram lendas quando eu os fotografei”, ela diz. Em Nova Iorque, durante os anos 1980, ela se aproximou da cena Hip-hop, fotografando artistas como Run DMC, Grandmaster Flash, Salt’n’Pepa, e muitos outros.
The Beat, 1980
Tenpole Tudor
Sex Pistols
Além das capas de discos, suas fotos já estamparam as principais revistas do mundo, como Esquire, Rolling Stone, Glamour, Vogue, Newsweek, Mojo e muitas outras.
Teds em 1980
Garotas do Ska, em 1979
O impacto, no entanto, e a proximidade com que registrou as mais interessantes figuras em um dos mais importantes momentos culturais do século XX são, no entanto, são grande legado – a força do movimento punk e a da estética mod e ska saltando das imagens como documentos de uma época que até hoje molda nosso inconsciente estético, ético e musical.
Dançarinos de rock em 1980
The Islington Twins, 1979
Mods em uma lambreta, em 1976
Um pequeno mod, em 1981
Joe Strummer, do Clash
Debbie Harry
Julien Temple, 1982
Dexys Midnight Runners
© fotos: Janette Beckman fonte:via