Ilustrações revelam o horror das remoções cirúrgicas de partes do corpo no século 19

 

A anestesia só começou a ser usada na medicina por volta de 1840. Antes disso, porém, cirurgias já eram realizadas em diversas partes do corpo. Algumas vezes, o objetivo destas operações era de remover um órgão, como mostra o livro A Treatise on Operative Surgery (“Um tratado sobre cirurgia operatória”, em tradução livre), de Joseph Pancoast.

Publicada no século 19, a obra é repleta de litografias que retratam como eram feitas as remoções cirúrgicas na época. Com um total de 380 páginas de descrição, o livro conta ainda com mais de 400 imagens descrevendo exatamente as técnicas usadas nas operações – e faz qualquer pessoa ficar felizona pelos avanços da medicina.

Ainda que a obra pareça quase medieval, Pancoast foi responsável por desenvolver técnicas cirúrgicas avançadas para o período, incluindo uma sutura usada na rinoplastia e procedimentos neurocirúrgicos. O tratado escrito por ele inclui até mesmo o relato de um dos mais antigos enxertos de pele feitos, para a reconstrução do lóbulo da orelha de um paciente.

Por mais que sejam apenas desenhos, eles não são recomendados para quem tem estômago fraco. Se não for o seu caso, rola pra baixo e confira mais dessas obras de arte da medicina precária:

Fotos: A Treatise on Operative Surgery/Reprodução/fonte:via

A mulher que já ajudou a identificar mais de 500 criminosos com sua arte

A norte americana Lois Gibson passou mais de 30 anos trabalhando como artista forense no Departamento de Polícia de Houston – no Texas, dos quais ela ajudou a polícia a identificar mais de 500 criminosos, através de sua sensibilidade. A maioria de suas ilustrações foram feitas sem nunca ter visto a pessoa, apenas com as descrições informadas pelas vítimas.

Ela, que recentemente entrou para o Guinness – livro dos recordes, no ano passado, por ter sido a artista forense que mais ajudou a polícia a identificar criminosos, em todo o mundo, diz que não foi coincidência que tenha decidido dedicar sua arte para solucionar crimes. Quando tinha 21 anos, Lois sofreu um assalto à mão armada em que quase morreu, em Los Angeles.

Estima-se que ela tenha ajudado a desvendar mais de 1260 casos e, hoje seus retratos estampam paredes de edifícios públicos em todo o estado. Formada em arte, pela Universidade do Texas – em Austin, ela explica ao site Colors Magazine porque sua arte não precisa ser, necessariamente, bela: Minha arte é o único tipo que não precisa ser bonito. É feia, desleixada e incompleta – mas, se salvar vidas, fica bonita e perfeita”.

Fotos: Colors Magazine /fonte:via

As ilustrações botânicas de antigamente que eram verdadeiras obras de arte

Se hoje o mundo conta com a ajuda da tecnologia para poder estudar e catalogar a nossa riquíssima fauna, antigamente, quando nem a fotografia havia sido inventada, eram os próprios cientistas que precisavam ilustrar seus cadernos, para registrar as diferentes espécies de plantas do mundo inteiro.

Hoje, com o microscópio podemos ver detalhes que não são vistos a olho nu e, com a ajuda de câmeras fotográficas especializadas, o trabalho fica muito mais preciso e prático, porém é inegável que as ilustrações de antigamente possuíam uma aura artística muito forte. Coloridas e ricas em cores e texturas, muitas vezes, artistas e ilustradores eram contratados para finalizar o que o cientista havia começado.

Se no passado, médicos, jardineiros, cientistas botânicos e farmacêuticos dependiam destes desenhos para trabalhar, hoje, do ponto de vista científico elas já não não mais tão relevantes. Algumas destas ilustrações já possuem mais de 300 anos, mas ela ainda podem servir de inspiração para artistas e amantes da arte, que estão em busca de uma nova técnica ou que, simplesmente querem mais cor em suas vidas.

Fotos: Wikimedia Commons/fonte:via

Crânio de Luzia, fóssil mais antigo das Américas, é localizado em escombros do Museu Nacional

O estilo se transforma ao longo das épocas, e o hipster de ontem pode se transformar no careta de amanhã e voltar a ser estiloso no futuro. Muitas das marcas mais características do que hoje entendemos como algo moderno e interessante foram determinadas e disseminadas por artistas do passado – e se artistas são estilosos quase que por definição, como seriam, por exemplo, alguns dos ícones da pintura se vivessem hoje? Ou mais: como seriam se fossem os hipsters de agora? Foi essa a pergunta que o ilustrador israelense Amit Shimoni se fez, e que ele próprio respondeu através de seus desenhos.

Salvador Dali com um coque masculino e coberto de tatuagens, Van Gogh de AirPod, barba feita e camisa estampada com seu próprio trabalho, Frida Kahlo de piercing e trança e Andy Warhol… bem, Andy Warhol já era um tanto hipster em vida, e sua mudança é a menos perceptível. As incríveis ilustrações, além de serem bem-humoradas, traçam também os sinais dos tempos sobre alguns dos rostos mais famosos – e estilosos – da história.

© arte: Amit Shimoni/fonte:via

Artista imagina as princesas da Disney em capas de filmes de mistério da década de 1940

Nós estamos acostumados com as princesas clássicas da Disney sendo lindas mulheres perfeitas, vivendo em castelos, andando em carruagens ou cavalos e, rodeadas de súditos. Vários artistas já trouxeram essas personagens para os dias de hoje, tentando imaginar como elas seriam se vivessem em 2018 ou, até mesmo se tivessem algum tipo de distúrbio ou deficiência. Porém, você já parou pra pensar se elas fossem personagens principais de filmes de suspense?

Foi isso que o ilustrador, Astor Alexander, baseado em São Diego – Califórnia fez ao imaginar como seriam as princesas vivendo em filmes da década de 1940, na série “Noir Princesses“. Dessa vez, as princesas não são nada certinhas e utilizam sua beleza e sensualidade para lidar com dinheiro, crime e política. Mais uma maneira criativa de falar sobre o ideal de perfeição, que tanto ronda as mulheres, sobretudo as princesas da Disney.

Fotos: Astor Alexander /fonte:via