Filho de faxineira, cearense que catava latinhas vai estudar em Harvard

Professor do Cariri trabalhou como catador e foi selecionado para lecionar numa das mais tradicionais universidades do mundo — Foto: Valéria Alves/TV Verdes Mares

Não faz muito tempo que o cearense Ciswal Santos, de Juazeiro do Norte, catava latinhas nas ruas para vender e usar o dinheiro para comprar apostilas e completar os estudos da faculdade. Ele se tornou professor de ciência da computação e agora vai para Harvard participar de um projeto para gerar energia solar a baixo custo.

Valdenora, a mãe de Ciswal, trabalhava como faxineira, e ele começou a trabalhar ainda na adolescência para ajudar a pagar as contas. Ele entrou na faculdade de Física logo aos 16 anos, mas o emprego em um mercado, que na época pagava R$20 por semana, não era o suficiente para pagar materiais como livros e apostilas.

Professor cearense é selecionado para dar aulas na universidade Harvard, nos Estados Unidos — Foto: Valéria Alves/TV Verdes Mares

O cearense contou ao G1 que passou a andar pelos bares de Juazeiro do Norte para catar as latinhas que ficavam jogadas pelo chão e vender para cooperativas de reciclagem. Ele chegou perto de desistir, mas recebeu apoio do dono de um dos bares em que ele recolhia as latas.

Me senti um nada e chorei. Contei a ele o motivo, ele colocou a mão no meu ombro e disse que eu não precisava me envergonhar e que não era mais para ir lá tão tarde, e sim usar o tempo para estudar mais, porque ele guardaria as latinhas para eu pegar pela manhã“, relata.

Harvard

Ciswal um equipamento capaz de reduzir o consumo de energia elétrica de casas de 4 pessoas em até 70%. Hoje, o aparelho é orçado em R$2,2 mil, mas ele pretende otimizar o projeto para que ele fique ainda mais barato: “Já tive contato com pessoas que desenvolvem tecnologia asiática – que está bem a nossa frente – e podemos fazer uso dessa tecnologia para reduzir o custo do equipamento para R$ 1,2 mil, mas o objetivo final é baratear para um salário mínimo”, disse ao G1.

O projeto fez com que Ciswal fosse selecionado para receber gratuitamente aulas de professor da Universidade de Harvard, uma das mais conceituadas do mundo. Serão 18 meses de aulas on-line, que podem se estender por mais 18. Os novos conhecimentos devem ajudar o cearense a aprimorar sua criação.

Ao fim do período letivo com os professores de Harvard, Ciswal poderá correr atrás de recursos públicos ou privados para tirar o projeto do papel – o regulamento da Universidade não permite que isso seja feito em paralelo às aulas.

Ciswal escolheu o ensino à distância para continuar próximo de suas duas filhas. Ele acompanhará as aulas por videoconferência, das 23h às 2h no horário local, e vai viajar para Cambridge, nos EUA, a cada seis meses para fazer provas e outras avaliações.

(Foto: Alana Soares/Agência Miséria /fonte:via)

Corante azul pode ser a chave para aproveitar energia renovável no futuro

A busca por fontes de energia renovável são uma prioridade para vários cientistas pelo mundo. Um grupo de pesquisadores da Universidade de Buffalo, nos EUA, podem ter feito uma descoberta capaz de revolucionar o armazenamento de energia e também aliviar os impactos ambientais da indústria têxtil.

Fabricantes de tecidos usam muito azul de metileno como corante. O problema é que, em média, só 5% do produto é absorvido pelas roupas. O resto é dissolvido na água e acaba sendo descartado durante os processos de produção, podendo causar danos severos ao meio ambiente.

O que o estudo indica é que o azul de metileno tem propriedades elétricas que poderiam ser muito bem aproveitadas ao usar o composto na produção de baterias, em vez de simplesmente jogar fora a água em que ele é dissolvido.

De acordo com a pesquisa, as moléculas do azul de metileno mudam de forma – na verdade, reduzem – quando uma voltagem é aplicada ao material. Cada uma ganha dois prótons e dois elétrons, se tornando o que os cientistas chamam de leucometileno.

O que faz o azul de metileno ter potencial como componente de baterias é a reversibilidade desse processo. Grandes quantidades do composto podem ser transformadas em leucometileno usando fontes de energia como a solar, e então, à noite, seria possível reverter o processo, gerando energia novamente.

De acordo com Anjula Kosswattaarachchi, uma das cientistas por trás do projeto, o próximo passo é fazer testes com a água descartada pela indústria para conferir se os resultados são parecidos com os de laboratório.

Há muita pesquisa sendo feita para descobrir como remover esses compostos da água, mas sem sucesso em grande escala. O lado bom é que podemos ressignificar a água descartada e criar uma tecnologia de armazenamento de energia limpa”, disse.

Fotos via Pixabay (Creative Commons CC0) /fonte via

O ar condicionado indiano que além de lindo não precisa de energia para funcionar

Quem vive em regiões quentes sabe que não é nada fácil aguentar a temperatura elevada. Mesmo assim, manter o ar condicionado sempre ligado não é uma solução ecológica e não ajuda a resfriar ambientes externos – a não ser que você tenha um sistema de resfriamento como este.

O ar condicionado ecológico criado pela indiana Ant Studio é a solução perfeita para enfrentar o verão gastando muito pouca (ou nenhuma) energia elétrica. O sistema foi construído para a fábrica da DEKI Electronics, em Uttar Pradesh, unindo sustentabilidade e um toque artístico ao ambiente.

Com formato de colmeia, o sistema é feito com tubos de argila sobrepostos e funciona em ambientes externos. Apesar do toque rústico, foram necessárias análises computacionais avançadas para desenvolver a técnica de resfriamento. Ele funciona de maneira bastante simples: quando um pouco de água é despejado na estrutura, a evaporação faz com que a temperatura do ar diminua. Esse processo é repetido apenas uma ou duas vezes ao dia e requer pouca energia para funcionar.

O equipamento também pode ser usado sem o uso de eletricidade. Para isso, no entanto, é necessário despejar a água no local manualmente, o que os designers indicam “não ser uma solução ideal”. Em um teste, a temperatura baixou de 50°C para 42°C após o resfriamento usando a técnica.

Todas as fotos: Reprodução Ant Studio /fonte:via

Casa sustentável tem conta de luz de US$ 2,35 por ano

Uma casa na Austrália foi construída para provar como é possível viver em local luxuoso e confortável, sem abrir de nada, mas sem desperdiçar, sem poluir.

E o melhor de tudo: gastando pouco mais de 2 dólares em energia por ano.

Desde sua construção, planejada para o mínimo desperdício de luz natural, essa casa de “10 estrelas” é diferente: ao fim da “construção”, ela gerou somente 3 sacos de lixo. Os materiais de sobra foram devidamente reciclados.

Quando pronta, a casa foi equipada com painéis de energia solar no teto, e um enorme galão para se reaproveitar a água da chuva.

Os materiais de sua construção são especiais para aquecerem o interior da casa sem a necessidade de aquecedores – e tudo isso com elegância, conforto e estilo.

Uma casa ecologicamente correta que ainda torna a vida bem mais leve em nossos bolsos.

A ideia é encorajar a construção de mais casas ecológicas, especialmente através desses benefícios em contas de luz – diretamente proporcionais aos benefícios para o planeta – e da beleza da casa de 10 estrelas australiana. Viver melhor e mais barato é um belo projeto para o futuro.

 

Fonte:via