Americanos aderem as microcasas na busca por um estilo de vida menos consumista

O movimento das microcasas tem alcançado muitos adeptos nos Estados Unidos. As construções possuem até 37 metros quadrados e, devido a leis que proíbem que casas muito pequenas sejam construídas em algumas cidades, as casas são, muitas vezes, feitas sobre rodas, tornando-se móveis e toleradas em mais regiões.

O movimento, que entrou em ascensão durante a crise econômica em 2008, que afetou drasticamente o setor imobiliário, reacende hoje com novos critérios: pessoas que não querem gastar todo o seu dinheiro com aluguéis ou investir em imóveis gigantes, como também aqueles que procuram por um modelo de vida menos consumista, mais simples e sustentável.

A geógrafa Lee Pera, de 37 anos construiu sua casa em três anos e contou a BBC sobre a experiência libertadora de poder mudar de cidade e continuar morando na mesma casa, assim como a gratificante sensação proporcionada pelo desapego material.

O casal Guillaume Dutilh e Jenna Spesard tem como prioridade a liberdade de poder se locomover e ainda assim, se sentir em casa. Eles relatam sua jornada mundo afora no blogTiny House, Giant Journey.

Para saber mais sobre o estilo de vida dos adeptos das microcasas, como construir uma e outras questões, conheça também o site Tiny r(E)volution.

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A geógrafa Lee Pera. Foto Via

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O casal Guillaume Dutilh e Jenna Spesard e sua cadela Salies. Foto Via

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Projeto mostra vítimas de abusos sexuais segurando frases ditas pelo violentador

Difícil acreditar, mas ainda nos dias de hoje, há pessoas que acham que vítimas de abuso sexual tiveram algum tipo de culpa por terem sido molestadas. Pra quebrar esse paradigma que torna a vida das vítimas ainda mais difícil, a fotógrafa Grace Brown iniciou em 2011 o Projeto Unbreakable, no qual sobreviventes de abusos sexuais são fotografadas segurando uma frase do violentador.

Até hoje, ela já fotografou mais de 400 pessoas, e diz ter recebido milhares de emails de vítimas que decidiram se expor com coragem, como forma de enfrentar o passado de frente e alertar para esse problema lamentável que ainda é muito recorrente na nossa sociedade atual. O projeto é forte e impactante, mas tem um papel importante para aumentar o diálogo na sociedade sobre esse tema. Veja algumas fotos do projeto:

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“Seus pais foram jantar, mas não se preocupe – eu vou cuidar de você.”

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“Pare de fingir que você é um ser humano.”

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“Isso fica entre nós” – meu avô, quando eu tinha 6 anos, depois 16, quando as memórias voltaram.

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“O que temos é tão especial, que as outras pessoas não vão entender.”

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“Você é uma menina má, não eu. Se lembre que você começou tudo isso.”

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“Você gosta disso?”

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“Não se preocupe, meninos geralmente gostam disso.”

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“Você é bonita demais pra ser lésbica.”

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“Ande logo e arrume essa bagunça” – ele se referindo ao sangue e sêmen no chão.

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“Me dê um beijo de boa noite.”

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“Ninguém vai acreditar em você. Sou seu marido – é a sua palavra contra a minha”

Veja mais fotos do projeto aqui.

A CURIOSA CIDADE HIPPIE LOCALIZADA NO CORAÇÃO DA DINAMARCA

Quem visita a capital dinamarquesa muitas vezes não sabe que por trás daquela cidade tão ordenada e limpa há um curioso bairro que abriga uma comunidade hippie desde 1971. Antes de ser declarada uma cidade livre pelo jornalista Jacob Ludvigsen, em 26 de setembro do mesmo ano, a região de Christiania pertencia a um imenso quartel militar e abrigava o Royal Artillery Regiment. Mas a área foi abandonada entre 1967 e 1971 – e a semente para o surgimento de um território livre estava plantada.

Foi nesse período que os desabrigados tomaram o local e alguns moradores da vizinhança aproveitaram para quebrar os muros da antiga área militar, utilizando o espaço como área de lazer. Após ser declarada uma cidade livre, um grupo de hippies se mudou para o local, criando uma comunidade própria com o conceito de propriedade coletiva e de bem comum e leis independentes.

Ao todo, o bairro de Christiania ocupa hoje uma área de 34 hectares onde cerca de mil pessoas vivem permanentemente. O lugar conta com diversos armazéns, casinhas, murais coloridos e esculturas ao ar livre, fazendo parte da cena cultural da cidade e sendo considerado como a quarta maior atração turística de Copenhague, recebendo meio milhão de visitantes todos os anos.

A área foi declarada livre do poder do Estado e, portanto, muitos dos moradores do bairro não pagam impostos. Além disso, a região conta até mesmo com uma bandeira própria e suas próprias regras, que proíbem roubo, violência, armas, facas, coletes à prova de balas e drogas pesadas.

O terreno onde a comunidade estava localizada pertencia ao Ministério da Defesa, mas desde 2012 a população da região começou a criar um fundo para a compra da área. É por lá que se encontra a Pusher Street, onde maconha e haxixe eram vendidos abertamente até 2004. Hoje, após uma política forte de repressão às drogas, pode até ser mais difícil de encontrar barraquinhas vendendo cannabis por lá, mas o comércio ainda é comum.  

Confira algumas fotos do dia-a-dia em Christiania:

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Foto: Montserrat Labiaga Ferrer.

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Foto: Kieran Lynam.

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Foto via.

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Foto: Martin Lehmann. 

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Fotos: Binary Koala.