A ambição da mais recente missão lançada ao espaço pela agência espacial americana é de tal forma imensa que acaba se tornando um tanto poética: tocar o sol. Lançada pela NASA na manhã do último sábado, a sonda solar Parker viajará pelos próximos anos na direção do sol, a fim de desvendar alguns dos muitos mistérios de nossa mais próxima e mais estimada estrela. Ainda que o objetivo técnico e científico seja descobrir mais sobre ventos solares e partículas de energia solar, a ideia de “tocar o sol” oferece à missão um sentido simbólico profundo.
Do tamanho aproximado de um carro, a sonda Parker se tornará o objeto feito pelo ser humano a alcançar maior velocidade, chegando a cerca de 692 mil quilômetros por hora, em temperaturas de até 1.300º C.
O planejamento da missão prevê que a sonda dê 24 voltas ao redor do sol, aproximando-se da superfície do sol em uma distância de “somente” cerca de 6 milhões de quilômetros, já dentro da atmosfera da estrela, enquanto enviará informações constantes para a Terra.
O bem-sucedido lançamento da sonda foi acompanhado por milhares de pessoas online, mas uma em especial se comoveu com o início da missão: Dr. Eugene Parker, um cientista de 91 anos que, em 1958 sugeriu a possibilidade de existirem ventos solares, a quem o nome da sonda homenageia.
“Tudo que posso dizer é ‘Uau, lá vamos nós, iremos aprender um tanto nos próximos anos’”, disse Parker. “É toda uma nova fase e será fascinante. Estamos só esperando pelas informações, e agora os experts estarão ocupados pois teremos muita informação chegando”, concluiu.
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