13 belas imagens premiadas da vida selvagem

A 48ª competição Wildlife Photographer of The Year (concurso “Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano”) é uma vitrine internacional para as melhores fotografias de natureza. A competição é realizada por duas instituições do Reino Unido: o Museu de História Natural e a BBC Worldwide.

Os mais incríveis fotógrafos de vida selvagem de todo o mundo participam dessa competição, mas não só profissionais, como os amadores ganham muitos dos prêmios. Todo ano, dezenas de milhares de imagens são julgadas por um júri internacional de especialistas. Confira algumas maravilhosas fotos elogiadas e vencedoras desse ano:

1 – Elogiada na categoria “Retratos de Animais”

 

Macacos japoneses adoram aproveitar banhos de água quente em piscinas naturais. Quando ficam relaxados o suficiente, alguns até adormecem. Jasper Doest aproveitou essa oportunidade para fazer essa linda fotografia.

2 – Vencedora na categoria “Comportamento: Mamíferos”

Há uma razão para os guepardos dessa foto parecerem mais observadores do que caçadores. O fotógrafo francês Grégoire Bouguereau capturou a imagem de uma mãe dando a seus filhotes “instruções práticas” de caça, prendendo uma gazela, e, em seguida, deixando-a escapar.

3 – Elogiada na categoria “Comportamento: Aves”

No final de maio, gansos rumam à ilha de Wrangel, na Rússia. E as raposas vêm, também, com a esperança de arrebatar alguns ovos ou aves para si. Essa linda foto exibe um grande confronto contra um triste fundo de neve.

4 – Vice-campeão na categoria “Vida selvagem urbana”

Os animais selvagens podem aparecer nos lugares mais inesperados, como esta excelente foto de Pal Hermansen, feita em um ferro-velho abandonado no sul da Suécia.

5 – Vencedor Geral

Esta foto foi a vencedora geral da competição por uma boa razão. No Mar de Ross da Antártida, Paul Nicklen mergulhou e ficou absolutamente quieto enquanto esperava os pinguins imperador aparecerem para clicar o obturador no momento perfeito.

6 – Elogiada na categoria “Comportamento: animais de sangue frio”

Este é um peixe macho do gênero Opistognathus (conhecidos como “jawfish”). Essas coisas em sua boca são ovos. Ele está os arejando, como qualquer bom pai faz.

7 – Vencedor na categoria “Retratos de Animais”

Larry Lynch avistou este jacaré de aspecto ameaçador em um parque estadual da Flórida (EUA). O jacaré tinha acabado de devorar um bufê de peixe, por isso estava disposto a ficar parado tempo suficiente para que Lynch montasse seu tripé e fizesse a foto.

8 – Elogiada na categoria “Retratos de Animais”

Estes macacos de crista negra (Macaca nigra) estavam no meio de um “jogo” que ficou animado demais, até que eles se aproximaram o suficiente para que Jami Tarris tirasse esta foto.

9 – Especialmente elogiada na categoria “Natureza em preto e branco”

Charlie Hamilton James estava procurando leões para filmá-los quando se deparou com esses guepardos, que também estavam procurando leões.

10 – Elogiada na categoria “Animais de sangue frio”

Klas Tamm conseguiu capturar o momento em que duas moscas macho executavam uma dança de combate na varanda de seu apartamento.

11 – Vencedora do prêmio “Fotógrafos Jovens: 15 a 17 Anos”

No Canary Wharf, em Londres, Eva Tucker tirou esta bela foto de uma gaivota comum em uma superfície muito estranha de água.

12 – Vencedora na categoria “Visões criativas”

Você sabe que existem cinco tipos diferentes de flamingo? Estes são os flamingos do Caribe, os maiores e mais cor-de-rosa de todos, o que pode ter ajudado Klaus Nigge a fazer tão bela imagem ao voar sobre a península mexicana de Yucatán.

13 – Vice-campeão na categoria “Mundo subaquático”

Paul Nicklen venceu a competição geral com sua outra foto de pinguins, mas essa é tão incrível quanto. Nela, um pinguim imperador dá um estirão em direção à superfície, para evitar focas leopardo predadoras.
Confira mais algumas fotos altamente elogiadas do concurso:

Leão no centro das atenções

Arvorismo não é um hábito comum dos leões, mas no Parque Nacional Queen Elizabeth de Uganda, eles muitas vezes sobem no topo das árvores para se refrescar e escapar das moscas. O fotógrafo sortudo Joel Sartore conseguiu superar dificuldades como níveis baixos de luz e posição e aproveitou cinco preciosos segundos para tirar essa foto, quando o macho olhou para frente ao escutar o chamado de uma fêmea.

Morcego raposa-voadora

Ofer Levy passou vários dias em Nova Gales do Sul fotografando o comportamento do morcego raposa-voadora, especialmente seu hábito de beber água, um método que envolve bater sua barriga na água. Para fotografar esta imagem à luz do dia, Levy ficou na posição correta em um dia muito quente com o sol e o vento na direção certa, à espera de um morcego com sede o suficiente. Foram precisas três horas por dia por cerca de uma semana em temperaturas de mais de 40° C para tirar a foto perfeita.

Rato intruso

Essa bela foto feita por Alexander Badyaev comprovou sua suspeita de que uma família de ratos estava vivendo em sua cozinha. Quando ele voltou à noite para pegar uma fatia de pão com manteiga de amendoim, deu de cara esse ratinho que quase parece bonitinho demais para querermos essas criaturas longe da gente. 

Sapo “Wolverine” quebra os próprios ossos para produzir garras

Se você algum dia visitar a República dos Camarões, no oeste da África, tome cuidado com o Trichobatrachus robustus: este sapo possui garras retráteis, algo que pesquisadores consideram um (doloroso) mecanismo de defesa.

“Alguns outros sapos possuem uma espinha dorsal com projeções, mas nesse caso os ossos crescem através da pele ao invés de perfurá-la quando necessário para defesa”, explica David Blackburn, do Museu de Zoologia Comparativa da Universidade de Harvard.

 

As garras do T. robustus são encontradas em suas patas traseiras, dentro de uma massa de tecido conjuntivo. Um pedaço de colágeno une a ponta da garra a um pedaço de osso na pata do sapo, enquanto a outra extremidade da garra é conectada a um músculo. Blackburn e seus colegas acreditam que, quando o animal se vê sob ameaça, ele contrai esse músculo, empurrando a garra para fora da pele. Esse mecanismo é bastante peculiar entre vertebrados (e, ao contrário do que normalmente ocorre, as garras não têm uma camada de queratina).

Como só analisaram animais mortos, os pesquisadores não sabem dizer como (ou mesmo se) as garras se retraem quando não são mais necessárias. Eles acreditam que isso ocorre gradualmente, já que não há um músculo para retraí-las. “Como são anfíbios, não seria estranho se parte do ferimento se recuperasse e o tecido fosse regenerado”, diz Blackburn.

Outro detalhe curioso dessa espécie: quando cuidam de uma prole, os machos desenvolvem fios de pele e artérias com cerca de 11 cm de comprimento – acredita-se que esses fios permitam que o animal capte mais oxigênio enquanto protege a prole.

“É uma história incrível”, diz Ian Stephen, curador de herpetologia (estudo de répteis e anfíbios) da Sociedade Zoológica de Londres (Inglaterra). “Alguns sapos desenvolvem espinhos em seus dedos durante a época de procriação, mas isso é totalmente diferente”.

Para não se ferir com as garras do sapo, caçadores normalmente matam o animal usando lanças ou facões.

Seria essa uma criatura mágica saída de uma floresta mística?

Olhos redondos adoráveis com perninhas pequeninas. Tromba esquisita e pelo colorido. Sim, essa coisa fofa parece um bicho encantado de uma floresta mística, mas não é.

É um simples musaranho-elefante, conhecido como Rhynchocyon petersi, da família Macroscelididae.

 

Os musaranhos-elefantes são criaturas muito bonitinhas, como esse da foto abaixo, um musaranho-elefante-do-nabal (Macroscelides proboscideus), recém-nascido no Zoológico Nacional em Washington (EUA). Ele é a menor das 17 espécies vivas de musaranhos-elefantes, também conhecidos como sengi.

Musaranhos-elefantes são pequenos mamíferos insetívoros. Seu nome vem da semelhança de seus narizes com a tromba de um elefante. De fato, eles estão mais intimamente relacionados aos elefantes do que aos demais musaranhos.

Características

O musaranho-elefante-do-nabal pesa entre 28 e 42 gramas, e tem um comprimento de corpo de cerca de 10 centímetros. Sua pele é cinza marrom, com um lado branco. Suas narinas ficam na ponta de uma “tromba” flexível.Eles podem ser encontrados na Namíbia, no sul do Botsuana, ou no sul da África. Os musaranhos-elefantes em geral podem ser encontrados por todo o continente africano, com exceção do oeste e da região do Saara.

Em ambiente selvagem, vivem geralmente um ano e meio. Podem viver até três anos e meio em cativeiro.Os animaizinhos têm um bom senso de audição e visão, e escavam solo arenoso no deserto semiárido, em grama seca, ou matagais. Normalmente, comem formigas, cupins, frutos e brotos de plantas jovens.

São criaturas principalmente solitárias que mantêm seu caminho livre de quaisquer detritos para uma fuga rápida de predadores (geralmente aves de rapina) se necessária. Dentro de sua área de locomoção (cerca de um quilometro), eles têm territórios de caça e esconderijos, que são principalmente sob pedras, arbustos, ou raízes. São capazes de escavar muito rapidamente no subsolo quando se sentem ameaçados.

Enquanto se movem, os musaranhos-elefantes-do-nabal mantêm suas caudas na posição horizontal, e se “limpam” com banhos de poeira.

Reprodução

Musaranhos-elefantes são um clássico exemplo de mamíferos monogâmicos. São constantes modelos para o estudo da monogamia.

A gestação do musaranho-elefante-do-nabal dura 56 dias. A fêmea dá à luz uma ninhada de um ou dos animais durante a estação chuvosa (agosto e setembro).

Os bebês nascem totalmente peludos, com os olhos abertos, e capazes de se mover por conta própria. A mãe amamenta seus filhotes até que eles iniciem sua atividade de caça, sozinhos, com duas semanas de idade. Com cinco a seis semanas de idade, eles já estão sexualmente maduros e passam a procurar seu próprio parceiro

Nova espécie de leão é descoberta na Etiópia

Alguns leões do zoológico Addis Ababa (Etiópia) são um pouco diferentes dos convencionais, com uma juba escura que se estende até a barriga. Recentemente, porém, descobriu-se que essas diferenças não são simplesmente físicas, ou seja, são maiores do que se imaginava: esses animais fazem parte de outra espécie de leões.

Para confirmar isso, uma equipe internacional de pesquisadores comparou amostras de DNA de 15 desses animais com as de leões selvagens, e concluíram que há, sim, uma considerável distinção genética. Depois de declarar que se trata de uma outra espécie, os pesquisadores pediram o início de ações de conservação – com urgência.

 

“Uma grande parte da diversidade genética entre leões provavelmente foi perdida em especial por causa de influência humana”, alerta Susann Bruche, do Imperial College London (Inglaterra). “Todo esforço deve ser feito para preservar ao máximo o patrimônio genético dos leões”.

Eles esperam encontrar mais exemplares (ou, ao menos, parentes próximos) dessa espécie no ambiente selvagem, mas destacam que cuidar dos que já estão em cativeiro é um primeiro passo fundamental. “Nossos resultados mostram que os leões do zoológico têm diversidade genética suficiente para garantir um programa de procriação em cativeiro”.

Autoridades da Etiópia afirmam que há animais com aparência similar à dos leões do Addis Ababa no leste e no nordeste do país, o que deve facilitar bastante as buscas.

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