Imagens esculpidas em pedra 13.000 anos atrás mostram impacto de cometa e mini Era do Gelo

Símbolos antigos esculpidos em pedra em um sítio arqueológico na Turquia contam a história de um impacto devastador que desencadeou uma mini Era do Gelo no nosso planeta, mais de 13.000 anos atrás.A evidência, conhecida como Pedra do Abutre, sugere que vários fragmentos do cometa atingiram a Terra por volta de 11.000 aC.

O impacto

As esculturas foram descobertas em Gobekli Tepe, um sítio arqueológico no sul da Turquia, que os especialistas acreditam agora que pode ter sido um antigo observatório.Software de computador foi usado para combinar inscrições de animais – interpretados como símbolos astronômicos – a padrões de estrelas.

Os pesquisadores sugerem que o desastre ocorreu em 10.950 aC. Outras evidências encontradas em um núcleo de gelo na Groenlândia indicam um impacto aproximadamente no mesmo período.O cataclismo deu início a um clima frio que durou 1.000 anos.

Astrônomos antigos

“Parece que Gobekli Tepe foi, entre outras coisas, um observatório para monitorar o céu noturno”, disse o pesquisador Martin Sweatman, da Escola de Engenharia da Universidade de Edimburgo, na Escócia. “Um de seus pilares parece ter servido como um memorial para este evento devastador – provavelmente o pior dia da história desde o final da Idade do Gelo”.

As esculturas parecem ter permanecido importantes para Gobekli Tepe durante milênios, indicando um evento que teve um impacto muito sério e duradouro.Uma série de símbolos na pedra sugerem que as mudanças de longo prazo no eixo de rotação da Terra foram registradas pelos primeiros astrônomos usando uma forma inicial de escrita.A descoberta também apoia a teoria de que a Terra experimenta períodos em que impactos de cometa são mais prováveis, devido à órbita do planeta.

fonte: [via NewScientist]

Câmara secreta guardaria obra “perdida” de Michelangelo

Em 1975, Paolo Dal Poggetto, então diretor do museu da Capela dos Médici, em Florença, tropeçou em um tesouro renascentista. Enquanto procurava uma nova saída para os turistas, Dal Poggetto e seus colegas descobriram um alçapão escondido debaixo de um guarda-roupa perto da Nova Sacristia, uma câmara projetada para abrigar as tumbas ornamentadas dos governantes da família Médici. Abaixo do alçapão, os degraus de pedra levavam a uma sala cheia de carvão que, a princípio, parecia ser pouco mais do que um espaço para guardar coisas que não estavam sendo usadas.

Mas, nas paredes, como relata a “National Geographic”, Dal Poggetto e seus colegas encontraram desenhos que acreditam ser carvão e de giz feitos pelo famoso artista Michelangelo. Apesar de a sala estar fechada ao público para proteger a obra de arte, o fotógrafo Paolo Woods, da NatGeo, teve acesso permitido para registar os desenhos.

A obra de arte só está visível hoje porque Dal Poggetto não perdeu tempo quando entrou pela primeira vez na câmara. Como Florença é o lar de muitos dos grandes artistas renascentistas da história, ele suspeitava que algo valioso estivesse escondido embaixo das camadas de gesso. “Quando temos edifícios muito antigos, devemos prestar atenção”, diz Monica Bietti, sucessora de Dal Poggetto nas Capelas Médici, em entrevista à NatGeo.

Uma parede de câmara traz esses esboços de pernas em várias poses. Crédito: Paolo Woods/National Greographic
O esboço de membros sentados parece ser um estudo para a estátua de Giuliano de Médici, que fica no túmulo do governante na Nova Sacristia, acima da câmara escondida.

Camadas de história

Sob a direção de Dal Poggetto, os especialistas passaram semanas removendo meticulosamente o gesso com bisturis. Eventualmente, foram surgindo dezenas de desenhos, muitos deles reminiscentes de grandes obras de Michelangelo – incluindo o de uma escultura de mármore que adorna o túmulo de Giuliano de Médici na Nova Sacristia, logo acima da sala secreta, que também é de autoria do artista.

Dal Poggetto concluiu que o artista encontrou abrigo na câmara secreta durante aproximadamente dois meses em 1530 para se esconder da família Médici. Uma revolta popular havia enviado os governantes Médici da cidade para o exílio em 1527, e, apesar de terem sido mecenas de sua obra no passado, Michelangelo tinha traído a família, colaborando com outros florentinos contra o governo.

Um dos esboços de câmara parece ser uma imagem espelhada de um desenho de Michelangelo de Leda e o cisne, uma história popular da mitologia grega. Crédito: Paolo Woods/National Geographic

Com seu retorno ao poder alguns anos depois, a vida do artista de 55 anos estava em perigo. “Naturalmente, Michelangelo estava com medo”, conta Bietti, “e decidiu ficar na sala”.

Bietti suspeita que Michelangelo passou estas semanas fazendo um balanço de sua vida e sua arte. Os desenhos nas paredes representam obras que ele pretendia terminar, bem como obras-primas que completou anos antes, incluindo um detalhe da estátua de David (terminada em 1504) e figuras da Capela Sistina (inaugurada em 1512). “Ele era um gênio. O que ele pode fazer lá [na sala]? Apenas desenhar”, aponta a atual diretora das Capelas de Médici.

Origem incerta

Como com qualquer arte sem assinatura e com séculos de idade, é impossível confirmar a origem dos desenhos com certeza absoluta. O consenso parece ser que alguns dos desenhos nas paredes são amadores demais para serem de Michelangelo. Mas a autoria do resto deles continua a ser uma questão de opinião.

Um esboço de uma forma masculina tem semelhanças com um posterior desenho a giz da Ressurreição de Cristo. Crédito: Paolo Woods/National Geographic

Após a descoberta de 1975, uma autoridade renomada da arte renascentista afirmou que a coleção de esboços seria um dos maiores achados artísticos do século XX. Mas William Wallace, um estudioso de Michelangelo na Universidade de Washington em St. Louis, é mais cético.

Wallace acredita que Michelangelo era proeminente demais para ter se escondido na sala e, ao invés disso, teria recebido abrigo de um de seus outros benfeitores. Ele também suspeita que os desenhos foram concluídos mais cedo, em algum momento da década de 1520, quando Michelangelo e seus muitos assistentes teriam tido uma folga de assentar tijolos e cortar mármore para a Nova Sacristia, que estavam construindo logo acima.

O estudioso acha que vários dos desenhos podem ser originais de Michelangelo, mas outros tinham, provavelmente, sido feitos ​​pelos trabalhadores, que estariam tentando resolver dilemas artísticos ou que simplesmente se divertindo em suas folgas. “Separar um do outro é quase impossível”, diz.

Este esboço lembra a pose característica da estátua de Apolo-Davi, um trabalho inacabado atribuído a Michelangelo. Crédito: Paolo Woods/National Geographic

Ainda assim, ele acrescenta que o mistério de quem elaborou os desenhos não tira seu valor ou a importância da descoberta. “Estar nessa sala é empolgante. Você se sente privilegiado. Você se sente mais próximo do processo de trabalho de um mestre e seus alunos e assistentes”, relata. “Esta é uma pessoa que tinha capacidade infinita. Ele viveu até os 89 anos e nunca parou de melhorar”.

Fonte[National Geographic]

Icebergue com mais de 45 metros de altura aparece em uma vila canadense

Imagine só a cena: um icebergue gigante de cerca de 45 metros de altura flutua próximo a costa de um vilarejo canadense. Foi o que aconteceu em Ferryland, no Canadá, em 19 de abril, quando visitantes e moradores testemunharam a movimentação de uma enorme geleira ao longo de sua costa oriental.

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O acontecimento foi um prato cheio para fotógrafos e entusiastas, que sacaram suas câmeras para disputar a melhor foto e o zoom mais poderoso. O prefeito de Ferryland, Adrian Kavanagh, comentou ao jornal Canadian Press: “é um icebergue gigante e está tão perto da costa que as pessoas conseguem fotografá-lo bem”. E foi isso que centenas de curiosos fizeram.

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Apesar do icebergue estar dando o que falar, o acontecimento não é completamente novo para Ferryland. O vilarejo está dentro do chamado “beco dos icebergues” apelido dado a costa de Newfoundland e Labrador, graças a migração de glaciares que se inicia ali quando as temperaturas sobem. E eles já bateram o recorde esse ano: Foram 616 icebergues documentados até agora, em comparação com 687 até setembro de 2016. Confira mais imagens aqui:

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Todas as fotos: Reprodução fonte: via

De qual filme de terror saiu este alienígena? Cientistas estudam verme gigante pela primeira vez

Por mais que a biodiversidade da Terra diminua rapidamente em função das ações do ser humano, a mãe natureza ainda tem uma ou duas surpresas na manga. Uma equipe internacional de pesquisadores acaba de se tornar a primeira a investigar uma espécie nunca antes estudada – um bizarro animal muito parecido com um verme gigante, que vive na lama e se “alimenta” de uma forma de enxofre.

A existência desta criatura com jeito de alienígena é conhecida por séculos. As conchas de um a um metro e meio que contêm o animal foram documentadas primeiramente no século 18. “As conchas são bastante comuns”, comenta o pesquisador principal Daniel Distel, Ph.D., professor de pesquisa e diretor do Ocean Genome Legacy Center da Northeastern University, nos EUA. “Mas nunca tivemos acesso ao animal que vive dentro delas”.

O habitat preferido do animal não era claro, mas a equipe de pesquisa se beneficiou de um pouco de sorte, quando um de seus colaboradores compartilhou um documentário que foi ao ar na televisão filipina. O vídeo mostrava as bizarras criaturas plantadas, como cenouras, na lama de uma lagoa rasa. Seguindo esta pista, os cientistas montaram uma expedição e encontraram espécimes vivos da Kuphus polythalamia.

Com uma amostra finalmente em mãos, a equipe de pesquisa se amontoou em torno de Distel enquanto o pesquisador lavava com cuidado a lama pegajosa no exterior da concha gigante e tirava a tampa externa, revelando a criatura que vivia dentro dela.

 

“Fiquei impressionado quando vi pela primeira vez a enorme imensidão desse bizarro animal”, diz Marvin Altamia, pesquisador do Instituto de Ciências Marinhas da Universidade das Filipinas. “Estar presente para o primeiro encontro de um animal como este é o mais próximo que vou chegar de ser uma naturalista do século 19”, diz a autora do estudo, Margo Haygood, professora de pesquisa em química medicinal na Universidade de Utah, nos EUA.

Como o animal nunca havia sido estudado rigorosamente, pouco se sabia sobre sua história de vida, habitat ou biologia. “Nós suspeitávamos que este verme gigante fosse radicalmente diferente de outros vermes que comem madeira”, diz Haygood. Encontrar o animal confirmou isso. Altamia continua: “Francamente, eu estava nervoso, se cometêssemos um erro, poderíamos perder a oportunidade de descobrir os segredos deste espécime muito raro”.O vídeo abaixo mostra o momento em que o bizarro animal é tirado de sua concha.

 
Tocador de vídeo
 
 

Refeição diferente

A resposta pode estar no habitat remoto em que o animal foi encontrado, uma lagoa carregada de madeira podre.Os animais desta espécie normalmente se enterram profundamente na madeira das árvores, mastigando e digerindo a madeira com a ajuda das bactérias. Ao contrário de seus primos vermes, o Kuphus vive na lama. Ele também conta com as bactérias para obter nutrição, mas de uma maneira diferente.

O Kuphus vive em um lugar muito fedido. A lama orgânica rica em torno de seu habitat emite sulfeto de hidrogênio, um gás derivado de enxofre, que tem um odor de ovo podre distinto. Este ambiente pode ser nocivo para você e para mim, mas é uma festa para o verme gigante.

E, no entanto, os próprios Kuphus não comem, ou se o fazem, comem muito pouco. Em vez disso, eles dependem de bactérias benéficas que vivem em suas brânquias que fazem comida para eles. Como minúsculos chefs, essas bactérias usam o sulfeto de hidrogênio como energia para produzir carbono orgânico que alimenta o animal. Este processo é semelhante ao modo como as plantas verdes utilizam a energia solar para converter dióxido de carbono no ar em compostos de carbono simples durante a fotossíntese. Como resultado, muitos dos órgãos digestivos internos do Kuphus diminuíram devido à falta de uso.

O estilo de vida deste verme gigante que parece saído dos mais tenebrosos filmes de terror dá apoio a uma hipótese proposta por Distel quase duas décadas atrás. A aquisição de um tipo diferente de bactérias benéficas poderia explicar como aconteceu a transição dos vermes de um organismo comedor de madeira a um que use um gás nocivo na lama para sobreviver.

A equipe de pesquisa continuará a examinar o papel que a madeira desempenha na transição única entre o verme normal e o gigante. “Também estamos interessados ​​em ver se transições semelhantes podem ser encontradas em outros animais que vivem em habitats únicos em todo o mundo”, disse Distel.

Fonte;[phys.org]