Garota de 15 anos inova e cria teste de HIV de baixo custo para ajudar comunidades carentes

Atualmente, os exames de HIV não são propriamente baratos e precisam ser feitos em laboratórios, o que é também um pouco constrangedor, além de muitas vezes afastar a parcela mais carente da população. Felizmente, uma menina de 15 está prestes a mudar isso e tornar o exame acessível a um número maior de pessoas.

Nicole Ticea trocou as horas de festas da adolescência por muito estudo no laboratório de uma universidade, onde foi capaz de desenvolver um teste de HIV que detecta o vírus em crianças com menos de 18 meses e em adultos que foram infectados há apenas 3 meses. E o melhor:tudo isso com um custo de produção de apenas US$ 5.

Como cerca de 95% dos infectados estão em países em desenvolvimento, a criação de tecnologias de detecção do vírus de baixo custo é fundamental. Graças ao talento, a menina já arrecadou o primeiro prêmio na feira de ciências nacional do Canadá em 2014 e o 2015 Intel Foundation Young Scientist Award, que prevê uma premiação de US$ 50 mil.

Nicole já abriu sua própria empresa para fabricar o exame e continuar melhorando a tecnologia e atualmente está tentando obter as licenças necessárias para produção e uso do teste, que deverá ter funcionamento simples e semelhante aos exames caseiros de gravidez. Mesmo assim, ela lembra que seu objetivo sempre foi apenas um: “ver o meu teste ser aplicado em um cenário cotidiano, onde ele pode fazer a diferença“.

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Foto: SFU.

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Foto: Divulgação/Intel.

Floresta flutuante vai distribuir alimentos grátis a moradores de Nova York


Quando se pensa em produção de alimentos, geralmente vem logo a ideia do campo à cabeça. No máximo plantações em áreas periféricas de cidades ou pequenas hortas. Mas uma ideia diferente está prestes de ser posta em ação em Nova York.
Falamos de uma “floresta flutuante” que vai passar pelos portos da cidade a partir de junho. O Swale é uma grande barca de 24 x 9 metros, onde serão cultivados 80 tipos de alimento para distribuição gratuita.
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O conceito foi criado pela artista Mary Mattingly, que em 2009 passou seis meses vivendo em um ecossistema autossuficiente, também flutuante e também em Nova York. Foi aí que ela passou a querer provar que “é possível existir de um modo independente da cadeia global de produção”.
Mary toca o projeto junto com Casey Tang, também artista e permaculturista. Foi ela quem criou as bases do que viria a ser o Swale. A grande inovação é a técnica que utiliza a água do rio para cultivar o solo. O barco conta com uma vegetação própria de áreas úmidas, capaz de filtrar os recursos do rio e fornecer água para as outras plantas. Por apostar em espécies perenes, isto é, que têm ciclo de vida longo, o trabalho de manutenção é menor, o que facilita a replicação em área públicas.
Confira imagens do projeto:
210540_7246db96066a45d4a4b37908a8708bc8 Projeção gráfica do Swale
1 Projeção gráfica do Swale
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sminterior1 Projeção gráfica do Swale
swaleforest02-1024x768 Trabalho de preparação
2 Trabalho de preparação
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Todas as fotos: Reprodução/Swale

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National Geographic

Marca de cerveja cria embalagens comestíveis que alimentam animais marinhos, ao invés de os matar

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Sabe aqueles pequenos anéis de plástico que envolvem as latas de cerveja vendidas em packs? Parecem inofensivos? Então, não são. São, aliás, bem mortíferos e os animais marinhos descobrem essa triste realidade da pior forma.

Muitas vezes descartados de forma errada, esses plásticos têm como destino os oceanos. E adivinha quem acaba sofrendo com isso? Os animais que vivem dentro de água, que confundem o material com alimento (a propósito, mostramos aqui uma série bem impactante sobre o lixo que produzimos e que acaba no corpo dos bichos, mesmo os terrestres). Mas agora imagine que, em vez de plástico que os mata, os animais trombassem com algo realmente realmente comestível?

Foi assim que nasceu a ideia da Saltwater Brewery, uma marca de cerveja norte-americana que pegou nos números do consumo de cerveja no país (6,3 bilhões de litros de cerveja por ano lá nos EUA, metade disso em latinhas) e criou um fardo para packs de 6 cervejas feito a partir de trigo e cevada. E agora anota essa: o produto tem força suficiente para aguentar o peso das latas, mas é também 100% biodegradável e, como contado acima, comestível. É um 3 em 1 em que todos ganham! Você tem mais um motivo para tomar uma breja, pode descartar o plástico sem culpa e os animais ganham uma refeição nutritiva.

Gustavo Lauria, fundador e CCO do We Believer’s, explica a criação do produto com um mantra que seguimos aqui no Hypeness: “isso mostra que através da inovação podemos motivar a mudança que impacta nosso mundo e aquele que vai ficar para os nossos filhos”.

A ideia agora é produzir 400 mil destes itens por mês e incentivar outras marcas a seguir pelo mesmo caminho: “se a maioria das cervejarias artesanais e grandes empresas implementarem esta tecnologia, o custo de produção vai cair, serão mais competitivas em comparação com a solução plástica atual, e por fim, e mais importante, salvam centenas de milhares de vidas marinhas”, completou Gustavo Lauria.

Um brinde a isso!

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Nekoliko desetina mališana svakodnevno rizikuje svoj život pli

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Todas as fotos © Saltwater Brewery

A jovem de 29 anos que já conseguiu impedir mais de 900 casamentos infantis na Índia

Mais de 40% dos casamentos envolvendo crianças acontecem na Índia. E o número poderia ser ainda maior se não fosse Kriti Bharti, uma ativista que dedica a vida a impedir essas uniões, reabilitar e reintegrar as crianças à sociedade.

Casamentos arranjados são uma tradição difícil de romper em várias partes da Índia. E o pior é que muitas famílias entregam suas filhas ainda crianças a homens bem mais velhos. Kriti Bharti diz já ter impedido mais de 900 dessas uniões, além de ter anulado legalmente 19 que já haviam acontecido. Ela criou uma fundação para debate e combate a essa difícil questão social, a Saarthi Trust.

Jodhpur, India: Kriti Bharti, 26, poses for a photograph along with children at a rehabilitation center, Badtey Kadam run by Kriti in Jodhpur, India.

Kriti já foi ameaçada de morte algumas vezes. A última foi quando resgatou uma garota de 17 anos que fugiu de casa para não casar com o noivo que seus pais escolheram, um rapaz de 21 anos que ela define como “alcoólatra”.

Uma das etapas do trabalho é conversar com as famílias para que elas entendam. Algumas conseguem, outras não. “É ótimo quando a família concorda com a anulação e fica ao lado da garota, mas quando elas não o fazem, apelamos para a justiça”, diz a ativista.

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O time de voluntários da Saarthi Trust trabalha basicamente em duas frentes. Uma é a parte legal para impedir os casamentos, e a outra, ainda mais importante, é a reabilitação para que as crianças tenham um futuro melhor. Segundo Kriti, muitas delas são tratadas como marginais depois das anulações.

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A ONG também organiza discussões em vilas, escolas e outros locais públicos para debater os efeitos nocivos dos casamentos infantis. Segundo Kristi, “é uma tradição que precisa ser abandonada. Precisamos mostrar para as comunidades rurais que existem maneiras melhores de se unir. É nosso dever mudar isso”.

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Foto: AFP/Money Sharma

JODHPUR, INDIA: Kriti Bharti, 29, is photographed along with children at a rehabilitation center, Badtey Kadam run by Kriti in Jodhpur, India. Pictures by: Cover Asia Press / Shariq Allaqaband

Todas as fotos © Kriti Bharti/Facebook