COMO A BICICLETA TRANSFORMOU MINHA FORMA DE VIAJAR

Como nosso objetivo é inspirar, aqui no Nômades Digitais abrimos espaço também para ouvir histórias de pessoas que correram atrás dos seus sonhos e hoje conseguem trabalhar e viajar pelo mundo ao mesmo tempo, ou simplesmente decidiram passar um tempo da suas vidas desbravando esse mundão. A história de hoje é a de Beto Ambrosio, que saiu do Brasil para fazer uma viagem de 2 anos e meio por 17 países da América Latina. Vale a pena ler (e se perder no incrível portfolio de imagens do brasileiro).

A paixão por viajar é algo que está guardado dentro dos sonhos de quase todo ser humano. Eu, pelo menos, nunca vi alguém que dissesse “eu não gosto de viajar”. Eu brinco dizendo que, depois que fazemos uma viagem longa, dessas de mochila ou bicicleta, tomamos uma picada que nos deixa eternamente doentes. Essa doença não tem cura, mas é controlável, e a única maneira de sobreviver é viajando, para sempre. No meu caso, acho que essa paixão surgiu por que meu pai era caminhoneiro, além de ter feito algumas viagens de bicicleta, então ele deixou pra mim essa herança tão valiosa.

Até terminar os estudos, eu fiz viagens de férias também, mas não tinha escolha, sempre voltava triste pra casa, querendo ficar mais tempo, sem data pra voltar. Quando fiz uma viagem, em 2008, para a Bolívia e Peru, muita coisa mudou, por que pude conhecer pessoas que viajavam por anos pelo mundo, e isso me fascinou. Dois anos depois, descobri que as pessoas também viajam pelo mundo por anos, só que de bicicleta, e aí sim, eu fiquei louco. Sempre tive essa coisa de viajar de bicicleta na cabeça, por conta das viagens do meu pai, mas quando eu vi as fotos de um rapaz que deu a volta ao mundo pedalando, eu coloquei na minha cabeça que faria o mesmo. A partir desse dia, eu nunca mais parei de sonhar com isso.

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E pra começar, eu arrisquei minha primeira viagem de bike, pelo nordeste do Brasil. Convidei o Guto, um grande amigo, e nos lançamos em uma viagem de 2 mil quilômetros, por 2 meses. Depois disso, eu descobri o quanto é maravilhoso pedalar pelo mundo, com pouca roupa pra levar e pouca coisa pra pensar.

Percebi o quanto é simples e bonito viajar assim, por muitos motivos. Um deles é pela maneira como conhecemos pessoas. Quando estamos de bicicleta, precisamos, sim ou sim, parar pra pedir água, informação e ajuda. E muitas vezes o copo d’água se transforma em um prato de comida, em uma cama e em uma nova amizade.

Viajar assim é estar aberto ao mundo, sentindo o cheiro de tudo, olhando pras pessoas com calma, conversando, brincando. Estar aberto ao mundo é amar a todos sem diferenças, é estar consciente de que todas as culturas são diferentes, mas nenhuma é melhor nem pior que a outra, nenhuma é certa ou errada.

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Além desse contato com as pessoas, a bicicleta proporciona um incrível contato com nós mesmos. Pedalar 3, 4, 5 ou até 10 horas por dia nos faz pensar na vida, nos leva aos pensamentos mais profundos e, muitas vezes, a descobrir coisas dentro de nós que antes não imaginávamos que existiam. Aprendemos a ter calma, por que quanto maior a pressa por chegar, mais cansativa será a viagem. Quanto maior a pressa por encontrar um lugar pra tomar banho e dormir, mesmo estando totalmente destruído, maior o estresse. Aprendemos a valorizar tudo o que temos, absolutamente tudo. Cada prato de comida, cada copo d’água, cada abraço que ganhamos, cada amigo e familiar que temos. Valorizamos por que uma viagem te tira da zona de conforto e, quando as coisas não chegam até nós de maneira fácil, aprendemos que aquilo tem muito mais valor. Aprendemos a agradecer por tudo isso, seja a quem nos cozinhou, a quem limpou o banheiro que estamos usando ou a quem fez a cama onde vamos dormir. Quando abrimos o coração pro mundo, as pessoas nos ajudam. Como podemos usufruir de tudo isso sem agradecer?

Por isso eu gosto de viajar assim. Essa viagem não é apenas uma curtição. Eu considero tudo isso como uma grande escola da vida, onde tenho aprendido muito mais do que aprendi com todos os livros que me fizeram ler nessa vida. Eu recomendo a todas as pessoas do mundo que um dia façam uma grande viagem, mas cientes de que nem tudo serão maravilhas – os momentos difíceis virão e na verdade são os mais bonitos, por que são eles que nos fazem crescer e melhorar o que somos.

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E quanto ao medo: hoje eu vejo que existem dois tipos de medo. Medo de uma situação, medo de dormir sozinho na barraca, medo de caminhar à noite sozinho. E existe o medo da vida, ou seja, medo do futuro, medo de sair pra viajar por pensar que vou perder meu emprego e minha vida estará arruinada, o que parece ser o principal motivo da “não realização de sonhos”.

Quando eu durmo sozinho no meio do nada, eu sinto um frio na barriga, às vezes dá até medo, mas é bom, não é um problema. E o medo que eu tinha do futuro, esse eu já não tenho mais, por que não podemos saber o que será da nossa vida, não podemos controlar nada, tudo irá acontecer da melhor maneira possível, sempre, e essa é a grande liberdade.

Não é triste pensar que não gostamos de ficar sozinhos? Por que? Não gostamos de nós mesmos? Muitas vezes eu me sinto sozinho, é claro, mas não tem problema. Sinto uma saudade dentro de mim que, às vezes, parece que o coração vai explodir, mas isso é maravilhoso, porque é sinal de que existe muito amor batendo no peito. Dói um pouco, é claro, mas não é um sofrimento. Aprendi que a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. Aprendi a rir sozinho, contar histórias pra mim mesmo, a me sentir bem, independente de onde estou, com quem estou, e tudo isso faz parte do autoconhecimento que a viagem proporciona.

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Belize

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Bolívia

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Chile

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Costa Rica

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Equador

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Panamá

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Peru

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Todas as fotos © Beto Ambrosio

Garota pede para namorado se desfazer de cachorro; em resposta, rapaz publica anúncio

Há dois tipos de pessoas: as que amam animais e as que não suportam. Depois de quatro anos de relacionamento, Getzen decidiu que já era hora de morar com a namorada. No entanto, o que ele não imaginava que a sua amada lhe faria um ultimato: para ficarem juntos, o rapaz deveria se desfazer se sua cadelinha Molly.

Getzen pensou muito a respeito e, finalmente, publicou o seguinte anúncio:

Doou a uma alma caridosa

“Minha namorada não gosta da minha cadela Molly. Por isso terei de encontrar um novo lar para ela. É de raça pura, de boa linhagem e está comigo há quatro anos. É muito brincalhona, mesmo não sendo muito adestrada. Seu pelo é comprido e isso requer um pouco de atenção, como as unhas — estas não incomodam quando lixadas. Não dorme, chateia a noite inteira e só pega no sono quando estou trabalhando. Come só o melhor e o mais caro. NUNCA te espera depois de um dia difícil e nunca te dará amor incondicional, mesmo se você estiver se sentindo mal. Não morde, mas pode armar uma cena em questão de segundos“.

”Por isso, se alguém estiver interessado em minha egoísta, malvada e interesseira namorada de 30 anos, venha retirá-la. Minha cadela Molly e eu queremos alguém que a adote rapidamente. É urgente!”


Após alguns dias, Getzen modificou o anúncio, dizendo que a namorada havia voltado para a casa dos pais e que ele e Molly estavam procurando por uma nova amiga.

Ex-obesa perde quase 70 kg em 6 meses e usa sobras de pele pra denunciar as ofensas que ouviu

Os padrões de beleza determinados pela mídia e pela sociedade como ideais são preconceituosos a ponto de causar estragos na vida das pessoas. E se é verdade que a obesidade não é saudável, não é menos verdade que qualquer pessoa um pouco acima do peso está sujeito a todo o tipo de xingamentos a respeito de sua aparência.

Foi o que aconteceu com Stephanie Seabrook, uma americana de 28 anos, que pesava 154 kg, antes de fazer uma cirurgia de abdominoplastia, e que viu nas agressões verbais uma forma de chamar atenção do mundo. Ela resolveu escrever todas as piadas cruéis que recebeu sobre seu corpo na região abdominal e tudo o que ela própria tinha vontade de gritar na frente do espelho. Palavras como “depressão“, “raiva“, “sem sexo” ou “cara de bunda” faziam parte do cardápio.

A ideia era depois cortar todas essas suas dores fora e esquecer a negatividade que sofrera na vida. No dia seguinte, Stephanie estava na sala de cirurgia.

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Mudou completamente a minha vida. Eu não conseguia me ver nua, eu chorava”, conta Stephanie. “Agora eu tenho muito mais autoestima e confiança. Toda a negatividade que tinha em mim foi embora”, completa.

Stephanie conta que era muito sedentária, não queria ter amigos e a vontade de fazer algo era zero. Temendo morrer de obesidade, a moça colocou na cabeça que seria personal trainer e começou a caminhar todos os dias e se alimentar melhor. Em pouco mais de 6 meses, conseguiu perder cerca de 70 kg. Seguindo a dieta na risca e fazendo exercícios diários, ela conseguiu chegar perto dos 80 kg e virar uma personal trainer que incentiva as pessoas com sua força e capacidade de superação.

Stephanie considera que “a sociedade ainda tem um longo caminho pela frente” até uma aceitação definitiva do corpo alheio – “me deixa louca as pessoas verem alguém obeso e assumirem que é preguiça, nós nunca sabemos o que os outros já passaram, ou se estão enfrentando algum problema de saúde”.

Nos últimos dois anos, Stephanie vem compartilhando sua história no Instagram, a fim de criar inspirações em outras pessoas. E a verdade é que sua atitude tem resultado e os seguidores aumentado – afinal, quantas vidas espalhadas por aí precisam de um apoio e de um incentivo?

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Todas as fotos © Caters News Agency

Bebê nasce sem crânio e desafia as probabilidades

Jaxon Buell nasceu sem uma grande parte de seu crânio e cérebro. Os médicos disseram aos pais que seu filho não viveria mais do que poucas semanas. Mas, contra todas as probabilidades, a família comemorou em agosto seu primeiro aniversário.

Depois de muitos meses de testes e diagnósticos errados, os médicos finalmente diagnosticaram Jaxon com uma malformação cerebral grave para o qual não há cura conhecida, chamada microhidranencefalia.

A curta vida de Jaxon não foi sem luta. Em um post publicado em setembro no Facebook, o pai do bebê, Brandon Buell, explicou a decisão do casal para continuar com a gravidez mesmo depois de saberem por meio de um ultrassom, na 17ª semana de gestação, que o filho deles tinha algo errado.

Na publicação, ele conta que receberam duas opções: arcar com as consequências de um problema não definido na época ou fazer um aborto. Nenhum médico pode lhes dizer exatamente o que estava errado ou o que esperar. Então, a preocupação do casal foi garantir que Jaxon não estivesse sofrendo ou com dor – ou se a gestação teria mais riscos para Brittany, mãe do bebê.

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Quando eles receberam o “não” para ambas as respostas, o casal imediatamente descartou a possibilidade de fazer um aborto.

Se tivesse havido qualquer sofrimento no útero ou algum perigo envolvido (com exceção de Jaxon possivelmente não ser capaz de viver fora do útero por conta de problemas de má formação), eles teriam tomado uma decisão diferente.

Apesar da microhidranencefalia e da pouca expectativa de vida que os médicos deram ao bebê, Jaxon acaba de completar 1 ano de idade.

Dificuldades da microhidranencefalia

Jaxon não pode comer por conta própria e sua alimentação se baseia em um tubo de nutrição. Contudo, segundo seu pai, esta é uma das únicas diferenças entre ele e as demais crianças. De muitas maneiras, é um bebê normal: chora, vai ao banheiro, quer que sua fralda suja seja trocada e, cá entre nós, tem um rostinho lindo.

A longo prazo

Os pais sabem que Jaxon vai precisar de um milagre para viver por mais anos, mas não perdem as esperanças. Ele tem o brilho nos olhos que todas as crianças têm, é alerta e reconhece muitas coisas. Esperamos que os médicos consigam respostas e desenvolvam um tratamento. [cnn

Israel transforma antiga lixeira em maior central de reciclagem do mundo

Há alguns anos, a cidade de Tel Aviv, em Israel, era responsável por uma enorme lixeira a céu aberto, conhecida pelo simpático nome de “Montanha de Lixo“. O espaço chegou a abrigar 25 milhões de toneladas de lixo em seus 800 metros de comprimento. Quando o local estava prestes a colapsar, a população entrou em jogo e pressionou as autoridades a mudar essa realidade.

Assim surgiu o maior parque de reciclagem do mundo, com o objetivo de transformar o lixo em algo belo. Diariamente o local convive com o desafio de transformar 3 mil toneladas de resíduos domésticos, 1,5 mil toneladas de materiais de construção e 250 toneladas de outros resíduos em itens produtivos, como combustível, fertilizante, eletricidade, água e até mesmo peças de mobiliário para o jardim.

O projeto do parque de reciclagem foi criado por Peter Latz e, embora ainda não esteja terminado, deverá ter o triplo do tamanho do Central Park, em Nova York. Para que a terra do local pudesse se recuperar após 47 anos de acúmulo de lixo, o projeto incluiu uma camada de bioplástico que evitava que o metano escapasse debaixo da terra. Com isso, a fauna e a flora do local poderiam ter novamente o seu espaço.

As imagens abaixo mostram um pouco de como essa transformação foi possível:

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Fotos © Latz + Partner

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Foto © DiAr

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Fotos © Latz + Partner

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Foto: Wikimedia 

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Foto © Aron Brand

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Fotos: © Latz + Partner

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Fotovia boingboing

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Foto © Latz + Partner

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Foto © Beracha Foundation