Fotógrafo recria obras famosas de Banksy com cliques incríveis

Se a arte de rua de Banksy é, por si só, impactante, ela também ganha uma nova dimensão, ainda mais impressionante, quando é recriada através de uma releitura fotográfica. Assim como fez o parque de diversões Dismaland, criado pelo artista, as imagens clicadas por Nick Stern trazem alguns dos personagens de Banksy para a vida real.

A série fotográfica ganhou o nome de “You are not Banksy” (“Você não é Banksy”) e traz pessoas reais recriando as intervenções urbanas do artista. É impossível ver as fotos e não lembrar das imagens clicadas pelo artista Harley Langberg, que recria algumas das obras mais famosas de Banksy utilizando frutas e vegetais (já falamos sobre ele aqui).

Você pode conferir algumas das composições de Nick abaixo ou adquirir a sua clicando neste link.

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Todas as fotos © Nick Stern

Ela escreveu uma carta emocionante ao médico que sugeriu que abortasse sua filha por ela ter down

A americana Courtney Baker passou mais de um ano com uma coisa entalada na garganta: as palavras de seu obstetra que indicou que ela deveria abortar após descobrir que sua filha seria portadora da síndrome de Down.

O médico disse a ela e ao marido que a qualidade de vida dos dois seria muito baixa por causa da criança. Em vez de dar suporte ao casal, ele sugeriu o aborto como melhor solução. Um ano e três meses depois do nascimento de Emersyn, a mãe escreveu uma carta para o médico e foi com a filha postá-la.

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“Querido doutor,

Uma amiga me contou recentemente sobre quando o médico do pré-natal via o filho dela nos ultrassons. Ele avaliava o bebê e comentava ‘ele é perfeito’. Quando o bebê nasceu com Síndrome de Down, ela foi ao consultório do mesmo médico. Ele olhou para ela e falou: ‘Eu te disse. Ele é perfeito’.

A história dela me deixou em pedaços. Ao mesmo tempo em que eu estava muito grata pela experiência da minha amiga, fiquei triste pela que eu deveria ter tido. Eu gostaria que você fosse aquele médico.

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Fui até você no momento mais difícil da minha vida. Eu estava assustada, ansiosa e em completo desespero. Eu ainda não sabia a verdade sobre o meu bebê e, por isso, eu precisava desesperadamente de você. Mas, ao invés de suporte e encorajamento, você me sugeriu que eu abortasse a minha criança. Eu te disse o nome dela e você nos perguntou de novo se entendíamos o quão baixa seria a nossa qualidade de vida com uma pessoa com Síndrome de Down. Você propôs que a gente reconsiderasse a decisão de continuar a gravidez. A partir daquele encontro, nós temíamos nossas consultas. O momento mais difícil da minha vida se tornou quase insuportável porque você nunca me disse a verdade. Minha criança era perfeita.

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Eu não estou brava. Eu não estou amarga. Estou apenas triste. Triste porque os pequenos corações pulsantes que você vê todos os dias não fazem você se admirar. Estou triste que aqueles detalhes e o milagre daqueles dedinhos, pulmões, olhos e ouvidos nunca te dão uma pausa. Estou triste por você estar tão errado quando disse que a minha bebê com Síndrome de Down iria diminuir a nossa qualidade de vida. E estou com o coração partido pela ideia de que você ainda fale isso para outras mães. Mas estou ainda mais triste porque você nunca vai ter o privilégio de conhecer a minha filha. Emersyn.

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Porque, sabe de uma coisa? Emersyn não só melhorou nossa qualidade de vida como também tocou o coração de milhares de pessoas. Ela nos deu um propósito e uma alegria impossíveis de expressarmos. Ela nos deu sorrisos maiores, mais risadas e beijos do que jamais vimos nas nossas vidas. Ela abriu nossos olhos para a verdadeira beleza e o amor puro.

Então, minha oração é para que nenhuma outra mãe tenha que passar pelo que passei. Minha oração também é para que você veja a verdadeira beleza e o amor puro em cada vida exibida nos ultrassons. E minha oração é para que o próximo bebê com Síndrome de Down que você vir no útero de uma mãe faça com que você olhe para ela, me veja, e diga a verdade… ‘Sua criança é absolutamente perfeita’”

Confira a carta, postada no Facebook e no blog de Courtney:

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Todas as fotos por Courtney Baker

A maravilhosa modelo amputada que está fazendo sucesso após superar um câncer que se dizia terminal

Aos 14 anos, Mama Cax foi diagnosticada com um câncer de ossos e pulmão. Segundo os médicos, ela teria apenas três semanas de vida. Com uma dose de sorte e muitas doses de um medicamento experimental, ela conseguiu vencer a doença, mas carregou consigo uma marca desse passado: uma perna amputada.

O que para muitos poderia ser um símbolo de um momento traumático, foi transformado por Mama Cax em uma lembrança de como resistiu e sobreviveu ao câncer. Atualmente, ela viaja o mundo de muletas e com uma prótese na perna sem perder seu estilo.

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Suas andanças são compartilhadas através do blog Mama Cax, onde fala também sobre moda e comida, suas outras paixões. “Meu plano é ter um blog de viagem para compartilhar a minha experiência como mulher, como uma pessoa de cor e como uma pessoa com uma deficiência física“, escreveu ela na publicação.

É lá que ela publica fotos de suas viagens pelo mundo e serve de inspiração para outras pessoas que passam pelas mesmas dificuldades que ela passou. É quase impossível não se apaixonar por tanto estilo!

Espia só:

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Todas as fotos © Mama Cax

Conheça o Pantanal e vivencie um ‘safari brasileiro’

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Passar uma noite no Pantanal matogrossense é sentir-se como um intruso em meio a natureza. O ruídos das cigarras, sapos e outros animais misturam-se e o céu que explode numa infinidade de estrelas que dificilmente se encontram por aí. Durante uma focagem noturna (passeio típico na região, onde você sai numa jardineira, em silêncio, para avistar animais), os olhos dos jacarés tilintam na escuridão, tamanduás-mirins escondem-se entre as árvores e, caso você tenha sorte, pode até avistar uma onça pintada!

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Foto: Wiki Commons

Muita gente fala sobre a Amazônia e suas águas, mas poucos sobre o Pantanal, a maior área tropical úmida do mundo, declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO e distribuído em 70.000 milhas quadradas entre o Brasil, Bolívia e Paraguai. Não é preciso, portanto, cruzar continentes para ver de perto animais vivendo em seu habitat natural.

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Foto: Luiza Ferrão

Aqui você ouve histórias de gente que lutou com cobras, sai para pescar piranhas quando a tarde cai e se depara com um céu multicolorido que reflete-se num espelho de águas. Reconhece araras-azuis (em extinção), caminha por trilhas na mata e sente um frio na barriga ao ouvir o som gutural do macaco bugio, que provavelmente te vigia do topo de alguma árvore! Come poeira numa jardineira em busca de animais e se encanta ao encontrar tamanduás-mirins, tamanduás, capivaras, antas, tuiuiús e veados.

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Foto: Luiza Ferrão

Sim, o Pantanal é o lar da maior concentração de vida selvagem do continente. Impossível não chegar, sentir e pensar: nossa, que espetáculo da natureza! Parece clichê (e provavelmente é), mas não deixa de ser verdade. E também, diga-se de passagem, não é lugar de muita frescura. Mesmo no mais luxuoso dos hotéis, como o Refúgio Ecológico Caiman, é possível que você se depare com um grilo no box do banheiro, ou ouça o som de uma rã que se esconde no seu quarto por dias, sem sinal de encontrá-la.

DANÇA DAS ÁGUAS

O cenário se transforma de acordo com a época do ano na maior planície alagável do planeta, cortada por inúmeros rios, pertencentes a Bacia do Paraguai.  Entre outubro e março, as chuvas inundam a paisagem, devolvem folhagem às  árvores e revitalizam as cores do Pantanal, onde todas as vegetações do continente se fundem: cerrado, mata atlântica, floresta amazônica, caatinga e chaco.

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Foto: Luiza Ferrão

Essa é a melhor época para ver aves, que se reproduzem durante a seca e aproveitam a cheia para alimentar os filhotes. Patos, cegonhas e jacarés em busca de alimento protagonizam a cena enquanto mamíferos partem para áreas mais elevadas.

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Foto: Wiki Commons

Ás águas cessam entre abril e setembro, e voltam às origens, o rio Paraguai. Mas deixam marcas nas depressões do solo com as baías e lagos onde veados, quatis e tamanduás, entre outros mamíferos, matam a sede enquanto a onça pintada vigia na surdina, procurando alguma presa desavisada para o almoço. Essa é sem dúvida a melhor época para observar animais: as aves, que aqui continuam, vestem-se com nova plumagem e zanzam em busca de parceiros para se acasalar.

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Foto: Wiki Commons

CAVALGADA EM RITMO PANTANEIRO

Percorra este território versátil em cima de um cavalo, para alcançar lugares que ainda não foram cortados por estradas e entender um pouco mais sobre a cultura pantaneira. Descendente de bandeirantes, indígenas e sertanistas, o homem pantaneiro, que outrora percorria rios rumo a Cuiabá em busca de metais preciosos, dedica-se hoje a pecuária e cada vez mais, troca essa função pela de guia turístico.

Aqui tudo pulsa conforme mandam as águas, e com o gado não poderia ser diferente: na época da seca, o vaqueiro pantaneiro, que veste chapéus da abas largas, camisa, calça jeans e um cinturão que oculta um facão, deixa que o rebanho se alimente e beba água nos campos baixos. Na cheia, ele é transportado, muitas vezes por dia, às partes altas.

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Foto: Wiki Commons

A cerimônia do laço também marca a cultura do povo pantaneiro. Assita-a para ver de perto vaqueiros de diferentes idades, que cavalgavam por uma arena com a corda empunhada nas mãos, perseguindo bezerros para talvez laçá-los.

CHURRASCO COM MODA DE VIOLA

Como em todo o sertão, aqui não falta prosa e moda de viola. Num churrasco pantaneiro servido numa estrutura livre de paredes do Refúgio Ecológico Caiman, é possível se deliciar com carnes servidas em varas de madeira, como o é feito o churrasco na região, acompanhadas por mandioca, arroz carreteiro, feijão tropeiro e outros pratos feitos com ingredientes locais, dando alguns passos após o jantar para ver o céu estrelado. Aqui, também é possível conhecer de perto projetos incríveis de preservação na natureza, como o Arara Azul e o Onçafari.

Por falta de recursos, Parque Serra da Capivara fecha as portas

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Certas notícias, ainda que supostamente pequenas diante da avalanche de grandes problemas que costuma nos atropelar diariamente, quando vistas com atenção, parecem significar o horroroso trato com que cuidamos do próprio planeta em que vivemos. Nesta terça-feira a pesquisadora Nièden Guidon comunicou à UNESCO que deixará a presidência da Fundação Museu do Homem Americano, no Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí. O motivo é inacreditável: por falta de recursos, o parque fechará suas portas.

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Paredões do Parque Nacional da Serra da Capivara. Foto: Joaquim Neto

Localizado em São Raimundo Nonato, no sul do Estado, o parque abrange quatro municípios em mais de 130 mil hectares. Segundo a Fundação, responsável pela manutenção do local, desde 2014 que os cofres não recebem fundos suficientes para manter o patrimônio.

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A pesquisadora Nièden Guidon

A pesquisadora Nièden Guidon

Assim, com a decisão de Nièden, a partir de hoje, quinta-feira, o parque não poderá mais receber turistas – o que impactará na já combalida economia local – que é reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade, possuindo a maior concentração de pinturas rupestres do mundo, com vestígios datados de mais de 50 mil anos.

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“É lamentável, dediquei a minha vida aqui no parque, mas se o governo federal não reconhecer a importância do local não adianta”, afirma a pesquisadora. A visita do ministro interino do meio ambiente, Sarney Filho, ao parque três meses atrás acendeu alguma esperança, mas desde então nada aconteceu.

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Sem verbas, estrutura, viaturas e infraestruturas gerais do parque, a manutenção do patrimônio torna-se impossível – assim como torna-se impossível a paciência da população com os mandos e desmandos federais, a falta de cuidados com o próprio país e seus trabalhadores e, pelo visto, será igualmente impossível um futuro que não seja cinza e árido, em oposição ao verde coração ecológico e cultural que pulsa cada vez mais fraco.

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© fotos: divulgação