Como o chocolate ajudou esta família de refugiados sírios a se reerguer no Canadá

O refugiado sírio Assam Hadhad viveu em Damasco por quase toda a sua vida. Era lá que ele mantinha um tradicional negócio da família, uma famosa fábrica de chocolates que chegou a exportar para outros países como Líbano, Iêmen e Jordânia.

Mas, em 2013, quando um bombardeio atingiu a fábrica – e o sustento de sua família, Assam viu seu destino mudar. Ele, sua esposa, filho, nora e netos fugiram imediatamente para o Líbano, onde passaram a viver em um campo de refugiados.

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Após 3 anos no local, eles foram convidados pelo governo do Canadá a se tornarem cidadãos canadenses, e se mudaram para a província de Nova Escócia onde, após se estabelecerem, reabriram a fábrica de chocolates da família.

Batizada de Peace by Chocolate, a empresa funciona de improviso num pequeno espaço ao lado de onde a família mora, mas nem por isso o sucesso tem sido pequeno.

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Após o primeiro ministro Justin Trudeau contar a história da família num evento das Nações Unidas, filas e filas se formam no local, e Assad precisou suspender as vendas por um tempo, tão grande foi o número de pedidos recebidos. Agora, o próximo passo da família é expandir a loja, além de contratar mais pessoas, de preferência também refugiadas.

Imagens © Divulgação/CBC fonte

Fábrica de bebidas alia tradição familiar e sustentabilidade em Caxias do Sul (RS)

Os nomes da família Kunz parecem uma versão gaúcha do livro Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez. Ao invés de Aurelianos e José Arcadios, como os Buendía, os Kunz optaram pelos nomes Júlio e Emílio, que se repetem ao longo das gerações.

Mas essa não é a única tradição repetida ao longo dos anos. Desde que o artesão Johann Philipp chegou ao Brasil, vindo da Alemanha, em 1846, com uma receita familiar de licor de ervas, não houve uma geração que não se aventurasse a criar novas bebidas. Além do licor, Johann fabricava carroças, peças de montaria e sapatos e trouxe da Alemanha uma tecnologia inovadora na época para a região: o lombilho, ou “serigote”, como ficaria conhecido no sul do Brasil.

O nome, que vem de “sehr gut” (“muito bom”, em alemão), marcaria mais a história da família do que o recém-chegado Johann poderia imaginar. Agora nós viramos as páginas de Gabriel García Márquez para nos transportar para outras: a trilogia “O Tempo e o Vento“, de Erico Verissimo. Embora nunca tenha conhecido quem trouxe a tecnologia do serigote ao Brasil, o escritor conheceu o neto de Johann, Emílio Kunz, cujo nome foi inspirado no navio que trouxe o avô ao Brasil.

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Foto acima © Lilian Lima / Foto destaque © Geremias Orlandi

Emílio havia fundado em Gramado a Vinícola Petronius, localizada em um casarão de madeira no centro da cidade. Depois de se transferir para outra localização, ele costumava alugar a casa antiga e um de seus hóspedes foi justamente o escritor gaúcho. Anos depois, Erico Verissimo pediria à família autorização para usar o sobrenome Kunz em um de seus personagens enquanto narrava a chegada dos alemães a Santa Fé nas páginas de “O Continente”. Daí nasceu Erwin Kunz, personagem que ganhou o apelido de “Serigote” no livro.

Hoje “Serigote” não é apenas o lombilho ou o personagem de Erico, a palavra também dá nome a uma linha de cachaças lançada pela Petronius Beverages, uma fábrica de bebidas fundada pela família em 2013. As garrafas da Cachaça Serigote são arte pura: produzidas com a técnica de desenho com caneta esferográfica pelo artista plástico Rafael Dambros, registram personagens e cenas da saga de Erico Verissimo.

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Quem me conta a história da família é Julio Kunz, durante os noventa minutos de viagem que separam Porto Alegre da sede da Petronius Beverages, em São Valentim da 2ª Légua, interior de Caxias do Sul. Os últimos dez minutos de viagem são por estrada de chão, quando o balanço do carro combina com a vista da serra gaúcha ao nosso redor.

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Fotos © Mariana Dutra

Júlio faz parte da sexta geração da família Kunz no Brasil. Desde a chegada ao país, não houve uma geração que não se dedicasse à criação de bebidas. Seu avô Eloy, por exemplo, chegou a fundar a empresa E. Kunz, que comercializava licores e cachaças, bem como uísques de nomes inusitados – caso do Cockland, que remetia a Flores da Cunha, a “Terra do Galo”; e do Gayscotch, que pretendia mostrar a alegria de tomar a bebida.

Hoje a Petronius Beverages é quem cumpre a responsabilidade de seguir com o legado de criação de bebidas da família. Liderada pelo mestre cervejeiro Emílio Neto ao lado de Júlio e Augusto, seus filhos e sócios, a empresa já possui uma linha de cervejas especiais, a Schatz, bem como as cachaças Serigote.

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Foto © Geremias Orlandi

A convite da empresa, nós degustamos cinco variedades da Schatz Bier: Muskat Bier, Pink Muskat, Blond, Am Ipa e (nossa preferida!) Scot. As cervejas foram o primeiro produto da empresa, que existe desde 2013 em Caxias do Sul. A propriedade foi escolhida por sua beleza e também por um diferencial: é onde fica localizada a casa mais antiga da cidade, construída em 1876.

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É essa casa aqui!

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Embora esteja a poucos minutos de carro do centro da cidade, a região tem cara de área rural e foi a escolha perfeita para colocar em prática os projetos de sustentabilidade previstos pela empresa. E a questão ambiental está presente até mesmo em pequenos detalhes: cada litro da cerveja Schatz, por exemplo, utiliza apenas dois litros de água em sua produção – enquanto em cervejarias convencionais esse número pode chegar a cinco litros de água para cada litro de cerveja. Além disso, a cerveja utiliza água da chuva tratada em sua produção.

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Os efluentes produzidos pela fábrica são tratados e não saem dali: voltam como adubo para os vinhedos. Os resíduos sólidos também não são jogados fora, mas vendidos para fazendas na região, servindo como alimento para os animais. A caldeira utilizada no local é mantida com lenha de reflorestamento e até mesmo o processo de pasteurização das cervejas utiliza água reaproveitada.

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Fotos © Mariana Dutra fonte

Vaquinha resgatada passa a viver com cães e agora pensa que é um deles

Quando você vê Moonpie pela primeira vez, logo nota um pequeno detalhe: ela não é um cão. A mini vaca foi resgatada de uma casa de leilões e agora vive no Rocky Ridge Refuge, um santuário de animais localizado no Oregon, Estados Unidos.

Ao chegar ao local, a vaquinha era muito pequena e fraquinha e por isso foi mantida dentro de casa onde passou a conviver com os 12 cães de Janice Wolf, fundadora do santuário. Agora ela tem certeza de que também é um deles e, ao invés de curtir na companhia das outras vacas, Moonpie prefere passa o dia todo ao lado dos amigos caninos.

Ela aceita todos eles como seus amigos. Bebês não sabem muito sobre o que supostamente devem ser, então, ela apenas aceita as coisas. Os cachorros são suas mães adotivas. Eles lambem a cara dela como uma mãe faria. Eles amam fazer isso”, contou Janice ao The Dodo.

Veja as fotos dos cachorrinhos (e da vaquinha):

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* Imagens: Reprodução fonte

Mães vestem biquínis pela primeira vez após darem à luz para inspirar outras mulheres

O número de campanhas que nos convidam a aceitar nossos corpos é cada vez maior. Mas, enquanto a maioria delas foca em mostrar mulheres um pouco acima do peso, uma nova campanha realizada pela Redbook magazine buscou mostrar como cinco mães reagiram e aceitaram as mudanças em seu corpo que vieram junto com a maternidade.

Para chegar a esse resultado, a revista convidou cinco mulheres para colocar um biquíni pela primeira vez após se tornarem mães. Tudo se transformou em um vídeo inspirador  e em cinco entrevistas igualmente poderosas, publicadas no site da revista.

Apesar de todas as mães terem concordado que seus corpos mudaram muito durante a gravidez e após o parto, elas também concordam em outro ponto: é preciso ser incrível para gerar filhos como os seus. E não tem celulite, estrias ou mesmo pneuzinhos na barriga que deixem seus corpos menos inspiradores. ♥

Confira também o ensaio fotográfico realizado com elas:

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Todas as fotos © Ruben Chamorro fonte