Incríveis fotos dos primórdios da cena punk de Nova York no CBGB nos anos 1970

Hoje quem passa desavisado pelo número 315 da Bowery, em Nova York, não é capaz de reconhecer que ali, alguns anos atrás, ficava um lugar sagrado – ao menos para os amantes do punk e da história do rock. As paredes pichadas, a sujeira permanente, o cheiro de álcool, cigarro e urina, e o pequeno palco por onde o movimento punk americano começou deram lugar a uma chique boutique de roupas caras. Em 1976, no entanto, era ali o CBGB, o mais importante local de shows da história do punk.

CBGBGodlis20

Fundado em 1973, foi no CBGB que nomes como Ramones, Television, Talking Heads, Blondie, Patti Smith, The Dead Boys, Cramps, B-52’s, Joan Jett, Bad Brains, Black Flag e muitos outros deram os primeiros passos de suas carreiras – em suma, a fina flor, com perdão da ironia, do punk, new wave e do hardcore americano. E foi lá que o fotógrafo David Godlis construiu também sua carreira, registrando o clube feito fosse uma espécie de local sagrado, onde ele sabia que a história estava acontecendo.

CBGBGodlis19

Blondie, CBGB, 1977

Godlis se inspirou no fotógrafo húngaro Brassaï para conceituar seu trabalho no CBGB. Brassaï fotografou os bordeis, as casas de ópio e a boemia da Paris dos anos 1930, e estudando essas imagens que Godlis entendeu que poderia fazer da cena punk nova-iorquina, especialmente do CBGB, o que Paris foi para Brassaï. E assim ele fez, ajudando a elevar o clube a um dos pontos sagrados mais importantes da história da música do século XX. Seu livro, reunindo algumas das imagens mais icônicas da história do Punk, tem um título precioso: History is made at night, ou, a história é feita à noite.

CBGBGodlis18

Patti Smith, Bowery, 1976

CBGBGodlis17

The Dead Boys, CBGB, 1976

CBGBGodlis16

Punks No Wave, Bowery, 1978

CBGBGodlis15

Talking Heads, CBGB, 1977

CBGBGodlis14

Klaus Nomi, Christopher Parker e Jim Jarmusch, Bowery, 1978

CBGBGodlis13

Banheiro do CBGB, 1977

CBGBGodlis11

Hilly Kristal, fundador do CBGB, na Bowery, 1977

CBGBGodlis12

Banheiro do CBGB, 1977

CBGBGodlis10

Richard Hell, CBGB, 1978

CBGBGodlis8

Alex Chilton, Bowery, 1977

CBGBGodlis9

Arturo Vega, entrada do CBGB, 1977

CBGBGodlis6

The Cramps, Bowery, 1977

CBGBGodlis7

CBGB visto da Bowery, 1977

CBGBGodlis4

Ramones, CBGB, 1977

CBGBGodlis3

Ramones, CBGB, 1977

CBGBGodlis2

Interior do CBGB na hora de fechar, às 4 da manhã, 1977

CBGBGodlis1

Handsome Dick Manitoba e Jody, Bowery, 1976

© fotos: David Godlis

É por imagens assim que essa montanha é conhecida como ‘a caminhada mais mortal do mundo’

Se você é do tipo que basta ver uma foto ou um vídeo de pessoas em lugares muito altos e arriscados para sentir calafrios, a mão começar a suar e ter a impressão de que vai cair do sofá, então prepare-se, pois essas fotos vão te levar a caminhar pelo Monte Huashan, na China – sem dúvida uma das trilhas mais altas e perigosas do mundo.

Huashan12

Localizado a 74 quilômetros da cidade de Xian, o Monte é uma das cinco grandes montanhas da China, e possui uma longa história de importância religiosa para os locais. A trilha é composta por escadas escavadas na pedra, subidas na vertical, plataformas feitas somente por tábuas presas à pedra – tudo isso percorridos em alturas literalmente vertiginosas.

Huashan15

Huashan14

Huashan13

Huashan11

Não existem estatísticas oficiais contabilizando o número de fatalidades já ocorridas na trilha, mas os aventureiros locais afirmam que o Monte Huashan carrega uma média de 100 mortes por ano. Os mais corajosos e experientes – principalmente locais – chegam a atravessar a trilha de noite, como uma tradição ancestral, a fim de ser recebido no topo da montanha pelo pôr do sol.

Há quem garanta, no entanto, que o hábito de subir o Huashan no escuro se dá para simplesmente não se enxergar a altura da montanha – e a loucura de quem a desafia.

Huashan10

Huashan8

Huashan7

Huashan6

Huashan5

Cliffside Path

Cliffside Path

Cliffside Path

Huashan4

Huashan9

Se as fotos não foram suficientes para fazer suas pernas tremerem, então eis um vídeo:

© fotos: Discovery/Aaron Feen/Frank Kehren/Divulgação

Aposentado russo conclui volta ao mundo a pé depois de andar 24 mil quilômetros

No dia 1º de abril de 2015 (não, não é mentira =/), o russo Serguêi Lukianov, hoje com 60 anos, colocou sua mochila nas costas e saiu numa jornada de volta ao mundo. Aproximadamente 24 mil quilômetros e 22 meses depois, o aposentado concluiu sua viagem, provando a todos que para realizar um sonho, basta se planejar e seguir em frente.

Segundo Serguêi, a parte mais difícil da viagem foi partir. Depois que estava na estrada, o aposentado conta que a motivação para seguir em frente e concluir sua missão era maior do que qualquer obstáculo ou vontade de desistir que tenha surgido no meio caminho.

serguei-lukianov

327-696x522

“Em toda a minha vida, eu jamais tinha feito algo assim antes de embarcar nessa viagem. Eu estava confiante de que chegaria ao fim, isso é tudo”, disse à Gazeta Russa.

Serguêi contou com o apoio de amigos e familiares, que iam ajudando com informações como vistos e onde conseguir hospedagem barata, já que todo o dinheiro para a viagem que o aposentado dispunha era proveniente da sua aposentadoria.

325-696x464

326-644x420

Serguêi passou por diversos países, como China, Vietnã, Indonésia, Singapura, Uruguai, Brasil, Tunísia, Itália, Eslováquia e Polônia, entre outros. Para concluir o roteiro previsto em menos de dois anos, Serguêi andava entre 50km e 60km por dia e, para economizar, se alimentava de miojo, leite condensado, frutas locais, pães, queijos, carnes e muita, mas muita Coca-Cola. “Para evitar diarreia, eu bebia muita Coca-Cola, que é igual em qualquer lugar. Além disso, uma lata de Coca tem oito colheres de açúcar, o que me dava energia suficiente para caminhar por quase 5 km”, justificou.

324

323-1-696x540

A jornada do aposentado chegou ao fim no início de fevereiro, e o mais novo aventureiro do pedaço diz que não se arrepende nem por um minuto de ter partido, já que a viagem foi transformadora.

Imagens © Ruslan Chamukov/Gazeta Russa/Arquivo Pessoal

Série fotográfica mostra o que pessoas de diferentes países comem num dia

Imagine fotografar tudo, absolutamente tudo o que você come diariamente. Agora, imagine comparar a sua foto com a de outras pessoas ao redor do mundo. É esse choque cultural que propõe o livro What I Eat: Around the World in 80 Diets, de Peter Menzel.

O autor e fotógrafo americano registrou os alimentos que 80 pessoas de 30 países diferentes costumam consumir num único dia. Essa fascinante viagem nos traz um registro impactante de hábitos e possibilidades que o mundo separa. “Tentamos escolher as pessoas que eram fortes (fisicamente) e, em seguida, pessoas mais frágeis”, diz Menzel, que comentou o desejo de ver o livro como uma ferramenta.

“O americano precisa aprender e usar o pensamento racional e a ideia de gostos diferentes. Descobrir o que outras pessoas estão fazendo  e talvez corrigir alguns dos nossos próprios hábitos – especialmente os maus hábitos”, destaca.

bike-msgr

O livro contém histórias detalhadas sobre os personagens. De um lutador de sumô japonês até um renomado chef espanhol, cada registro é uma inspiração para quem deseja buscar novas possibilidades de alimentação ou simplesmente é amante de fotografia.

BOT-090315-122-xxw

comida1

CAN_061009_213_xxw_xlarge

CHI-060613-155-xxw

comida2

CROPPEDCHI_060609_795_xxw

CROPPEDIND_081208_441_xxw

egy_080322_157_xxw_slide-e1ae4ef4ba39ecf7d0b1bf423e0548cb4399ee97-s6-c30

GER-080319-094-xxw

ISR-081026-121-xxw

menzel1

menzel6

PAL_081025_100_xxw_xlarge

todas as fotos © Peter Menzel