17 anos depois: o bebê que protagonizou a impactante imagem em que segurava a mão do médico de dentro do útero

No dia 19 de agosto de 1999, Samuel Alexander Armas ficou famoso mundialmente por protagonizar uma curiosa imagem. Sua pequenina mão de bebê aparece fora do útero de sua mãe segurando o dedo de um cirurgião.

Naquele dia, um procedimento pioneiro estava sendo realizado por uma equipe médica: uma intervenção cirúrgica em um bebê de apenas 21 semanas de gestação.

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Michael Clancy

Ainda dentro da barriga de sua mãe, Samuel foi diagnosticado com espinha bífida, um problema congênito acarretado pela malformação da coluna espinhal e da coluna vertebral. A foto, tirada pelo fotógrafo Michael Clancy, foi publicada pelo jornal USA Today e ganhou o apelido de “Mão da Esperança”, repercutindo mundialmente.

Atualmente Samuel tem 17 anos e mora em Douglas County, no estado da Georgia, nos Estados Unidos. Ele usa aparelhos nas pernas e cadeira de rodas para auxiliá-lo com a locomoção, mas tem a vida de um adolescente comum.

Veja algumas fotos do adolescente:

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Reprodução

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Reprodução

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Fotos:Reprodução,fonte: via

A erva usada pela medicina chinesa há 1700 anos que está salvando pacientes com malária na África

Ainda que a malária seja uma doença presente no mundo todo, 88% dos casos acontece no continente africano, e 90% dos casos fatais ocorrem também na região da África. Os tratamentos já existentes e em desenvolvimento, porém, vêm se mostrando eficientes, e o índice de mortes pela doença caiu em dois terços entre os anos de 2000 e 2015 – não só pelos tratamentos médicos, mas também por medidas preventivas, como o uso de redes tratadas com inseticidas para conter o mosquito, e o próprio engajamento comunitário em conter o mal.

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Junto de tais medidas, porém, um tratamento foi desenvolvido para quem já foi infectado pela doença, que combina diversos remédios com a artemisinina, um componente químico encontrado na Artemisia annua, uma planta tradicional da ancestral medicina chinesa, também conhecida como Qinghao. O uso da planta vem se mostrando bastante eficiente em curar a doença e salvar diversas vidas.

Scrub the young, silvery green herb -Artemisia absinthium.

Em princípio, porém, a má notícia que impediria que a combinação de drogas anti-malária com a artemisinina – conhecida como ACT – se torne a solução total contra a doença é o alto custo para desenvolve-lo, e o fato de que certas ramificações da malária já vêm se mostrando resistentes ao remédio.

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Numa reviravolta espetacular, porém, 18 pacientes com casos extremos da doença – em que o ACT se mostrou ineficaz – foram tratados com folhas secas de Artemisia annua, e todos eles se curaram por completo – incluindo uma criança que se encontrava em coma. Os médicos passaram a recomendar imediatamente que a planta se torne parte do tratamento, especialmente em quem o ACT já não mais traz efeitos.

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A Artemisia annua é utilizada na China há nada menos que 1700 anos, como tratamento para febres e outros males. Assim, conclui-se o que os chineses parecem já saber literalmente há milênios: que não é só o químico da artemisinina que possui poderes curativos na planta. Há muito mais o que podemos aprender nesses conhecimentos ancestrais do que podemos imaginar – assim como há muitos remédios sem bula nem químicos industrializados espalhados pelo planeta do que temos conhecimento – ao menos aqui, no ocidente.

© fotos: reprodução;fonte: via

Essa série de fotos a P&B é uma verdadeira viagem pelo Japão

O fotógrafo Baris Ozturk, baseado na Suíça, é um verdadeiro apaixonado pelo street style. Seus projetos pessoais envolvem suas viagens pelo mundo onde, muito atentamente, consegue captar a essência das cidades por onde passa através das suas lentes.

Seu último projeto são fotografias de uma viagem que ele fez recentemente para Tóquio. Fascinado pela cultura japonesa, Baris já fez algumas viagens para a terra do sol nascente e, nessa última em especial, nos apresenta o cotidiano urbano japonês numa incrível série em preto e branco.

Confira:

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Todas as fotos © Baris Ozturk fonte: via

Cientista PhD em Harvard supera pobreza, preconceito e acumula prêmios na carreira

Filha de uma empregada doméstica e de um profissional de curtume (que trabalha com o couro cru antes de enviá-lo para a indústria e atacado), Joana D’Arc Felix nasceu em Franca (SP), em uma família de situação muito humilde.

Sem dinheiro para pagar creche e nem ter com quem deixá-la, sua mãe passou a levá-la ao trabalho todos os dias. Para que ficasse quietinha enquanto ela fazia as tarefas da casa, lhe ensinou a ler com apenas 4 anos. Assim Joana passava seus dias lendo jornais e revistas.

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Esta habilidade chamou atenção da diretora do Sesi, amiga da patroa. Em visita à dona da casa, viu Joana com um jornal na mão e lhe perguntou se estava olhando as fotos. Quando a pequena começou a ler perfeitamente pediu que Joana fosse à escola.

Joana foi matriculada na primeira série de uma das turmas do Sesi e conseguiu acompanhar os colegas sem nenhuma dificuldade. O antigo colegial foi concluído quando ela tinha apenas 14 anos e inevitavelmente veio o desejo de ingressar em uma universidade.

Ela não tinha dinheiro para fazer cursinho para entrar em uma universidade pública e nem para morar em outra cidade e fazer uma universidade pública caso passasse. Mesmo assim seguiu adiante.

Recebendo muito incentivo dos pais, dedicou-se a longas jornadas de estudo com o material emprestado do filho de uma professora. Foi aprovada nas disputadas Unicamp, USP e UNESP e escolheu Campinas (SP), a 330 quilômetros de casa.

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Nesta fase a situação ficou bastante apertada. O dinheiro que a família mandava mal dava para pagar o pensionato, ônibus e o almoço. O patrão do pai também ajudava, mas ainda assim Joana dormiu com fome muitas vezes.

A situação só melhorou a partir do segundo semestre quando começou a fazer a iniciação científica e passou a receber uma bolsa de R$ 300 mensais da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) até o fim do curso. Cerca de R$ 100 ela mandava para os pais em Franca.

Com apenas 24 anos, ela tornou-se doutora em química industrial na Unicamp. Um dos artigos da cientista saiu no Journal of American Chemical Society, o que lhe rendeu um convite para fazer o pós-doutorado na Universidade de Harvard, nos EUA.

Sua carreira seguia bastante promissora nos Estados Unidos, quando em outubro de 2002, a súbita perda de sua irmã com apenas 35 anos e de seu pai com 1 mês de diferença, lhe trouxeram de volta ao Brasil para ajudar sua mãe na criação dos sobrinhos.

Desde então ela passou a atuar na Escola Técnica Estadual (ETEC) em Franca e desenvolve projetos de pesquisa que já somam 56 prêmios.

Os quatro sobrinhos de Joana decidiram seguir os passos da tia na carreira e ela acredita que incentivar o estudo seja sua verdadeira missão tanto com os jovens da família quanto com os alunos.

* Imagens: Divulgação ETEC,fonte: via