Está hospedado nas Montanhas Blue, na região leste do estado de Oregon, nos Estados Unidos, um dos maiores e mais velhos organismos ainda existentes no planeta Terra.
Trata-se de um fungo gigante com cerca de 2.400 anos de vida. O nome científico dele é Armillaria ostoyae, também conhecido como cogumelo de mel, e ocupa uma área de 2200 acres, algo próximo de 8,903,084 metros quadrados, segundo o site Oddity Central.
As medidas fazem dele o maior organismo já descoberto por aqui. Por incrível que pareça, o cogumelo começou a vida como um ser vivo que era imperceptível a olho nu e cresceu nos últimos dois milênios, embora alguns especialistas acreditem que ele possa ter até 8 mil anos de vida.
O fungo se espalhou pela floresta na região, matando toda a vegetação e insetos que apareciam em seu caminho, tornando-se não apenas o maior, mas o mais mortal dos organismos conhecidos.
Ele costuma adquirir sua forma mais impressionante durante o outono. No resto do ano, se transforma em algo semelhante a uma camada branca parecida com tinta de latex. É nessa condição aparentemente menos nociva, porém, que ele se torna mais poderoso.
O cogumelo de mel possui benefícios para a natureza, como separar nutrientes contidos no solo. Diferente dos outros cogumelos, porém, este funciona como um parasita nos troncos de árvores, sugando a vida delas através das décadas em que ali se hospeda.
“Os fungos crescem por toda a base da árvore e, então, matam todo o tecido. Pode demorar 20, 30, 50 anos até que elas morram. Quando acontece, não sobra qualquer nutriente na árvore”, explicou o patologista da U.S. Forest Service Greg Filip ao site Oregon Public Broadcasting.
O cogumelo de mel pode ser encontrado em outros lugares do mundo, como em Michigan, também nos Estados Unidos, e na Alemanha, mas nenhum é tão grande e antigo quanto este das Montanhas Blue.
Apesar de cientistas acharem a descoberta fascinante, ela tem preocupado a indústria local há muito tempo. O organismo tem causado destruição de árvores preciosas para os moradores desde que eles se entendem por gente. Nos anos 1970, pesquisadores desenvolveram uma maneira de preparar o solo com mecanismos eficientes de defesa contra o cogumelo.
Durante os 40 anos seguintes, a iniciativa deu sinais de que funcionaria, com árvores passadas por este método conseguindo sobreviver ao ataque do fungo. No entanto, a demanda intensa de trabalho, investimento financeiro e estrutura fizeram com que o projeto não fosse para frente.
Dan Omdal, junto do departamento de recursos naturais de Washington, está tentando uma abordagem diferente. Ele e sua equipe plantaram uma série de espécies de coníferas na região onde árvores foram mortas pelo Armillaria, com a esperança de que ao menos uma delas se mostre resistente ao fungo.
“Estamos buscando uma árvore que consiga crescer na presença dele. Hoje, é bobagem plantar as mesmas espécies em áreas de colheita que foram infestadas pela doença”, explicou Omdal. /fonte:via