Poucos temas são tão fascinantes e oferecem tantas imagens espetaculares para o trabalho de um fotógrafo quanto a natureza. Há mais de 100 anos a revista National Geographic, entre reportagens e artigos sobre ciência, história, geografia, história e cultural, ilustra suas páginas com as mais espetaculares imagens de animais, paisagens e a natureza de modo geral. Natural, portanto, que anualmente a revista realize o Natural Geographic’s Nature Photographer of the Year Contest, um concurso de fotografias da natureza – e os vencedores de 2017 foram finalmente anunciados.
O prêmio é dividido em quatro categorias: vida selvagem, paisagens, aérea e debaixo d’água. O vencedor em cada categoria recebe um prêmio no valor de 2,5 mil dólares. A partir dessa seleção, um grande vencedor é escolhido dentro os quatro vencedores segmentados. A fotógrafo por trás da foto campeã ganha mais 7,5 mil dólares e ainda a imagem publicada na revista e no instagram da National Geographic.
A imagem selecionada como grande vencedora do concurso geral foi a foto intitulada “Cara a cara em um rio no Borneo”, de Jayaprakash Joghee Bojan, fotógrafo de Singapura. Nela, vemos um expressivo, temeroso e concentrado orangotango cruzando um rio. A foto foi tirada com o fotógrafo também imerso, em um momento de rara felicidade – e a história por trás da foto explica não só a beleza e força da imagem como a própria expressão do animal.
“Cara a cara em um rio no Borneo”, de Jayaprakash Joghee Bojan – 1º lugar (Vida Selvagem) – 1º lugar geral
“Enquanto procurava por orangotangos selvagens na Indonésia, vi essa incrível imagem de um imenso orangotango macho atravessando um rio, apesar do fato de haverem crocodilos na água. O cultivo de palmeiras acabou com seu habitat, e no limite, essas criaturas inteligentes aprendem a se adaptar – e essa é a prova, considerando que orangotangos odeiam água e nunca se aventuram em um rio”, afirmou o fotógrafo vencedor.
“Ás vezes você fica cego quando coisas assim acontecem”, ele disse. “Você está tão ligado que nem sabe o que está acontecendo. Não sente dor, não sente os mosquitos te picando, não sente frio, pois sua cabeça está completamente perdida no que está acontecendo à sua frente”.
“Amor de mãe”, de Alejandro Prieto – 2º lugar (Vida selvagem)
“Lutadores brancos”, de Bence Mate – 3º lugar (Vida selvagem)
“Manutenção macaca”, de Lance McMillan – Menção honrosa (Vida selvagem)
“Grande coruja cinza”, de Harry Collins – Escolha popular (Vida Selvagem)
“Anêmona florescente”, de Jim Obester – 1º lugar (Debaixo d’água)
“Na sua cara”, de Shane Gross – 2º lugar (Debaixo d’água)
“Peixe voador em movimento”, de Michael O’Neill – 3º lugar (Debaixo d’água)
“Predadores em uma bola de iscas”, de Jennifer O’Neil – Menção honrosa (Debaixo d’água)
“Deriva”, de Matthew Smith – Escolha popular (Debaixo d’água)
“Cachoeira de fogo”, de Karim Iliya – 1º lugar (Paisagem)
“Grande Canyon Dushanzi”, de Yuhan Liao – 2º lugar (Paisagem)
“Iluminado”, de Mike Olbinski – 3º lugar (Paisagem)
“Frio e nebuloso”, de Gheorghe Popa – Menção honrosa (Paisagem)
“Kalsoy”, de Wojciech Kruczynski – Escolha popular (Paisagem)
“Piscina de pedra”, de Todd Kennedy – 1º lugar (Aérea)
“Do alto”, de Takahiro Bessho – 2º lugar (Aérea)
“Pingo”, de Greg C. – 3º lugar (Aérea)
“Vida depois da vida”, de Agathe Bernard – Menção honrosa (Aérea)
“Canyon vagueado”, de David Swindler – Escolha popular (Aérea)
© fotos: National Geographic